O INSS É O PIOR ORGÃO PÚBLICO DO ESTADO BRASILEIRO

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Sábado, 27 de Janeiro de 2018

Dizem existir situações misteriosas que nos acometem, a que podemos chamar de sina, carma ou estigma. Porque quase sempre são desagradáveis, incômodas e até mesmo desrespeitosas. E neste caso, refiro-me à condição de sexagenário, onde existe uma lei específica que legisla sobre a prioridade das pessoas nessa faixa de idade, serem atendidas de forma, digamos, especial.

No entanto, em nosso país, o Brasil, já se disse milhares de vêzes sobre leis que pegam e outras não. E esta, com certeza, está enquadrada nessa situação, com certeza. Porque as pessoas parecem não saber da existência dessa lei ou, então, não consideram a importância dela, desrespeitando-a de forma absoluta.

Numa condução, por exemplo, quase sempre os lugares destinados às pessoas sexagenárias, são ocupadas pelas pessoas mais novas. E ai daquele que manifeste contrariedade sobre isso. É bem capaz de ainda sofrer agressão. Física e moral. Mas parece que ninguem atenta para tal fato. Ora, é só prestar atenção quando entrar numa delas.

Mas dei essa volta toda para fazer uma abordagem muito específica. O atendimento nas instalações do INSS. Nesta sexta-feira, fui até a agência do Méier, na rua Lucídio Lago, para resolver um simples problema de acesso ao site, onde a minha senha já não é reconhecida por ele.

Ao entrar, verifiquei que havia uma fila onde deviam estar de doze a quinze pessoas. Observei que só havia duas delas com aparência de mais de sessenta anos. Daí que indaguei ao guarda que estava ali sobre o detalhe de se observar a lei que define e determina a prioridade das pessoas sexagenárias. Ele, espantosamente, disse-me que essa prioridade era a partir dos oitentas anos. E que ali na fila estavam idosos e doentes, o que não representava a verdade dos fatos.

Daí que ainda mandou-me ir falar com a responsável pela agência. E eu fui. Mas ao dirigir-me àquele local, uma mulher respondeu-me que aquela estava de férias e que poderia falar com ela mesma ou uma outra que estava perto. Então abordei sobre a tal lei que beneficia aos sexagenários. E ela disse-me que aí todos eram idosos e doentes, também, como o guarda havia me falado.

E como não deixo passar tais desrespeitos, acabei por esculhambá-la, chamando-a de incompetente e desrespeitosa. Também uma ignorante, por não saber as coisas que deveria saber sobre o serviço que presta. E retirei-me, aborrecido e contrariado por não resolver coisa alguma que pretendia.

Mas então, não dei o caso por encerrado e me dirigi à agência que existe em Del Castilho. Quando entrei, percebi o mesmo problema cm relação ao atendimento dos sexagenários. E o guarda mostrou uma certa indiferença ao abordado. Mas ali percebi o seguinte. Havia onze guichês de atendimento, mas só havia três atendentes trabalhando. E nos bancos, aguardando a chamada, deveria haver umas trinta pessoas.

Caramba. Isso já não é nem mais desrespeito ao cidadão contribuinte. Isso é uma covardia que fazem conosco. E na maior cara de pau, sabendo que o povão é tal qual gazelas numa pradaria africana, sujeitas a serem devoradas pelos leões que ali vivem também.

As pessoas desse pais são naturalmente umas idiotas, que se submetem a esses tratamentos covardes de quase todos os agentes públicos. É impressionante como ninguém se manifesta, reclamando de forma veemente para tal e para tanto. E quando alguém o faz, ainda há gente que acha ruim, considerando o reclamante como inconveniente e criador de problemas. E já passei por isso várias e várias vezes.

Penso que o INSS é o pior órgão do país, bem como os servidores que ali trabalham, a maioria se acha o que classificamos como uma "Brastemp". Mas, na verdade, não passam nem perto disso. A negligência, a displicência, a incompetência são propriedades extremamente expressadas ali. E não há quem resolva tais imbróglios.

*Em tempo: já fiz uma matéria nesse espaço, contando a respeito do que aconteceu na época em que dei entrada na minha aposentadoria. Mas depois de alguns anos passados, tudo continua como dantes no quartel de Abrantes.

Aloisio Rocha de Almeida
Enviado por Aloisio Rocha de Almeida em 27/01/2018
Código do texto: T6237550
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