LULA E A AUTOSSUFICIÊNCIA
Durval Carvalhal
Lula acha-se autossuficiente. Nele aflora a enganosa percepção de ser perfeito, infalível, superior, invencível, todo poderoso, onisciente, dono de tudo que acha que deve ser dele. Mente a granel, trapaceia e deboche de quem apareça em sua frente, inclusive a nata do Judiciário. Acha que pode tudo, menos ser condenado.
Enfim, acha que pode mudar a lógica do que já existe na natureza; capaz de mudar até a essência das pessoas. Veja quantos o seguem cegamente, sem nenhumas reflexões. Suas convicções mesquinhas são verdades absolutas e incontestáveis. Ao invés de enaltecer a alma, endurece-a mais ainda. Parece ter nascido por nascer, de geração espontânea, tendente a isolar-se do mundo.
Afigura-se já como um ser vazio, sem rumo, sem prumo, sem bússola, de alma corroída, sem valores que possam melhorá-lo como ser humano. Sua humanidade evaporou-se, e parece já brigar consigo mesmo, a ponto de estar convicto de que pode fazer o que deseja. Na verdade, não tem mais capacidade de renascer das cinzas, de renovar-se e ultrapassar toda a sua pequenez. Ficará, na história, como o rio caudaloso que secou e virou lama.
Ortega y Gasset: O homem é ele mesmo e suas circunstâncias