Muito parecido com o Javali, Queixada e o Porco comum, o Caititu ou Cateto, é bicho do mato. Gosta de se alimentar de brotos, raízes, mas quando descobre uma roça de milho, ele faz uma festa.
Por volta de 1970, eu e meu pai, plantávamos milho e arroz, próximo a uma mata, na Fazenda Serra dos Correias, no Município de Pires do Rio, Goiás.
Na época da colheita do milho, passamos a vigiar a lavoura, pois havia manadas de Caititus, rondando a roça.
Um dia, saímos, à cavalo, eu, meu pai e o João Vila Nova (in memorian), que era peão da Fazenda, com as espingardas carregadas, na boca da noite.
Nós, já havíamos feito os puleiros, com madeira roliça e folhas de baguaçu, no alto das árvores, do lado da roça. Ficamos, em cima do pau, alí, dando tapa em mosquitos, em silêncio, até os bichos aparecerem na roça de milho.
O milho tava granado, era lua cheia e de repente, aparece a manada de porcos, grunhindo e andando em trieiro e começam a derrubar e comer as espigas.
Eu apontei a minha arma, atirei, começaram a correr, então meu pai atirou, o Vila Nova atirou também e ficou aquela fumaça e cheiro de póvoa, no ar. Descemos da árvore e fomos ver o estrago. kkk... Não acertamos nenhum porco. Fomos para casa chateados, mas pelo menos espantamos os bichos.
Retornamos, mais uma vez, de madrugada e os bichos não apareceram.
Então, o João Vila Nova, fez um Trabuco (arma de disparo por fio) e armou no caminho dos bichos. No outro dia, fomos verificar e não vimos nada, apesar da arma ter disparado.
Uns três dias depois, vimos alguns Urubus revoando a área e fomos ver onde e qual era a carniça. Puta merda... Achamos dois porcos Caititu, mortos numa grota próxima da lavoura. Já estavam em decomposição. Fiquei muito triste.
Logo, quando as espigas estavam secas, nós colhemos o milho e levamos para a sede da Fazenda, em um Carro de Bois, com esteira.