Reforma da Previdência, uma cortina de fumaça
Os desvios de recursos da Previdência Social no Brasil é história antiga e agora o governo federal apresenta um suposto déficit numa nova embalagem, falseando-se dados e alardeando que o que se busca é combater privilégios para proteger os mais pobres.
As condições de vida dos mais pobres no Brasil nunca foram preocupação real dos governantes, fato inquestionável.
Imperioso atentar-se para o que ocorre em termos de saneamento básico no Brasil, educação, investimento em Ciência e Tecnologia (https://www.youtube.com/watch?v=3ysId_4QADQ), sucateamento dos Institutos de Pesquisas Federais, falência das Universidades Federais e do SUS - Sistema Único de Saúde.
Em decorrência desse descaso institucionalizado pela União vêm ocorrendo uma perda sistemática de recursos humanos nessas áreas críticas, causando um prejuízo incalculável para o Brasil, difícil de ser mensurado, bem como dos prazos para sua recuperação, mesmo que se retome uma nova linha de investimentos de forma perene nas próximas décadas.
Há muitas áreas entre os três poderes da União, Executivo, Legislativo e Judiciário, em que se poderia avançar para a diminuição de privilégios, a começar pela redução drástica de cargos comissionados, verbas de representação, assistência saúde sem limites para titular e dependentes, penduricalhos nos vencimentos que não são computados para fins de teto salarial no serviço público, com o respectivo efeito cascata para estados e municípios.
Fato, há muita gordura para se cortar no serviço público e nas estatais, mas é justamente aí que reside uma cara de paisagem indisfarçável que a grande mídia demonstra cumplicidade e promiscuidade ao não esmiuçar e jogar luz.
O ano de 2018 será particularmente difícil para os brasileiros que devem, em sua maioria, se engalfinhar pelas redes sociais, indo ao encontro dos interesses de quem não deseja que as causas e possíveis soluções para os graves problemas do Brasil sejam efetivamente debatidos.
Precisamos de toda a serenidade e discernimento possíveis, aquietando um pouquinho as paixões partidárias que podem nos cegar.