OS DISPARATES DESSE NOSSO COTIDIANO
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Sábado, 20 de Janeiro de 2018
Por mais que alguém queira ser otimista na vida, sempre surgirão circunstâncias que bloquearão essa perspectiva. Os acontecimentos que se dão nesse nosso cotidiano, a cada dia que passa, vão saindo de todos os controles possíveis e imagináveis que se proponham a dominá-los, doutriná-los ou norteá-los.
E em nosso país, o Brasil, a situação se agrava de uma forma inaceitável e incontrolável, porque aqui acontecem coisas que até o diabo duvida, usando uma retórica um tanto quanto distorcida e antiga, para caracterizar coisas absurdas.
Sabemos de duas variáveis que são as responsáveis por tantos desmandos. São elas a impunidade e a corrupção. E não se pode apontar uma delas isolada, como a maior responsável pelas maiores mazelas no país. São rigorosamente do mesmo valor. Até porque também se pode agregar uma à outra, para justificar todos os acontecimentos ruim que aqui se dão. Seriam, a grosso modo, intrínsecas a tanto absurdo numa nação.
Todos reclamam do âmbito publico e político do país. Dizem horrores dos agentes que estão nessa área, mas não se pode desconsiderar que antes deles, existe um outro agente muito mais culpado: o povão. Porque é este que gera, cria e elege aqueles, ficando um círculo vicioso nesse processo.
E pegando-se o exemplo de um acontecimento que se deu anteontem em Copacabana, quando um motorista em seu carro desgovernado, subiu a calçada, invadindo um pedaço da areia da praia, atropelando várias pessoas (17) entre crianças e adultos, provocando a morte de uma delas.
Por pouco esse motorista não foi linchado pela multidão que se formou a seguir, porque a polícia chegou logo após, assumindo as ações e protegendo o infrator. Este alegou ter perdido a direção de seu veículo, por um mal súbito, haja vista que é portador de uma doença, epilepsia, não tendo como controlar o veículo desgovernado.
Realmente a polícia encontrou no interior do veículo, medicação para tal mal. Mas os remédios que haviam ali estavam fora da validade. E não houve a comprovação de que ele estava alcoolizado. Mas sua carteira estava suspensa pelo Detran, mas ele afirmou que nunca recebeu uma notificação por isso. Mas que também possui um somatório de pontos nessa carteira, que alcança o número de 62, com 14 multas registradas em seu prontuário.
Daí que esse motorista não deveria estar dirigindo nas vias públicas. Bem como deveria ter a exata consciência da infração que cometia por essa condição. Isto mostra que ele pouco caso fazia das leis do país, desconsiderando a situação criminosa em que se encontrava.
Mas situações como a desse motorista existem aos montes. E o número de pessoas nelas é grande. Só que o órgão não age de acordo com o que prevê a lei, buscando-os e retendo suas habilitações. É uma falta de capacidade incrível. Daí as mazelas que vemos acontecer com frequência em nosso dia a dia.
Em resumo, há uma deficiência profunda na ação dos agentes públicos brasileiros, que deixam de cumprir rigorosamente com suas obrigações, acabando por dar chance a tantos absurdos como esses acontecerem. E só cabe uma indagação: até quando isso perdurará?