Ano 1820
Recentemente tive um encontro explosivo e com alguém extremamente notório para um cargo tão baixo. Desabilitei o termo exigido por lei e ultrapassei as placas retóricas de uma vida comum; tive a chance de dizer não, mas existe uma linha tênue entre meu corpo e o universo, como dizia o próprio Sérgio Sampaio: “Tenho meus vícios, vivem dentro de mim esses bichos.”
Devo admitir, que, cada segundo perdido era uma sensação única de liberdade, aproveitamos cada momento e não pude deixar de notar cada palavra e gesto em sinal de resposta corporal.
Eramos duas pessoas conhecidas presas em uma ação primitiva, porém, não foi vazio, nem se quer uma prova fingida de boas-vindas, embora não tivéssemos a aprovação do amor, foi realisticamente um contato casado, foi então que percebi o quão difícil é renunciar a si em uma inequação do prazer, talvez fosse mais fácil se estivesse partido sem trocar um só olhar, mas isso seria a cena mais cliché exigida por mim e ele não faz o tipo que rejeita alguns dizeres que torna tudo ainda mais agradável.
Ele não deveria, mas foi minuciosamente legal, após recorrer a algumas filosofias humanas, percebi que ele não fingiu está ali apenas por interesse, embora aquele horário fosse exclusivamente só seu e mesmo sabendo que o real motivo de estarmos ali era um só, ele foi verdadeiramente homem ao me tratar com tamanho respeito.
Infelizmente, fomos remetidos para nossas prazerosas vidas cotidianas, mas foi-me dada a autoridade para retornar o contato entre ambos.