UMA HOMENAGEM AO SURF

UMA HOMENAGEM AO SURF

Hoje, há na Baixada Santista milhares de praticantes de Surf. Santos é cidade na qual foi feita a primeira prancha destinada à prática desse esporte, com projeto da antiga Revista americana “Popular Mechanics”. Em 1938, Osmar Gonçalves fabricou uma prancha e praticou surf em nossas praias.

Mais que um esporte, Surf é um universo de tecnologia, moda, lazer. É uma comunidade feita de amizades, união, troca de informações, relatos interessantes e um verdadeiro culto à história do surf.

No dia 22/01/2018, segunda feira, eu, Paulo Miorim, meus amigos Sérgio Heleno, o grande nadador Manoel dos Santos, o grande nadador Antônio Di Renzo Filho (“in memoriam”) e o Jô Hirano (“in memoriam”), receberemos uma homenagem da Prefeitura Municipal de Santos devido ao nosso pioneirismo na prática desse esporte maravilhoso e envolvente chamado Surf. Seremos os agraciados com essa lembrança. Na realidade, os verdadeiros homenageados não somos nós. Essa homenagem pertence aos jovens que nós fomos e aos que vieram logo em seguida e foram contaminados pela paixão ao Surf.

Pertence esse reconhecimento aos rapazes Miorim, Sérgio e Di Renzo, que, sem ter nunca ouvido falar em Surf, resolveram imitar o que viram na antiga revista Manchete e fabricaram uma prancha tipo “caixa de fósforos”.

Pertence ao Gregório Stipanich, em cujo estaleiro foram confeccionadas duas pranchas e através delas realizamos o sonho de surfar.

Pertence aos jovens Manoel dos Santos e Jô Hirano, que vinham de São Paulo com sua prancha, e encontravam com nossa turma. Juntos, ficavam na praia sob sol e chuva esperando os companheiros sair da água para pegar a prancha.

Pertence aos irmãos Fangiano, ao Dudu e Carlinhos Twin, aos irmão Paioli, ao Miron, ao Italiano que vendia amendoins na praia e se tornou um bom surfista, ao Sidnei Negão, ao Ney Sobral, aos irmãos Duda e Rogério Falcão, ao Eduardo Nogueira, ao Fernando Quizumba, ao Fernandão, ao Nelson Axel que deu a vida para surfar, ao Longarina, ao meu amigo Nelson Feitosa, o “Carica”, que fabricou muitas e muitas pranchas, ao Homero, que estudou comigo no Colégio Canadá e estava começando a fabricar a sua primeira prancha, pertence ao Timó, pertence ao pessoal do canal 3, da Divisa,do canal 1 (o Emissário não existia) e tantos outros mais que cultivaram, curtiram e praticaram esse esporte maravilhoso. E tantos outros não citados aqui que me desculpem.

Acima de tudo essa homenagem pertence ao amor ao esporte e toda comunidade de surfistas.

Paulo Miorim