"Exilada"...(01)

"A solidão mais uma vez me visita, invade meu ser e não pede licença, fica aqui morando e tomando conta de meus dias.

Sempre pensei livrar-me dela, no entanto ela até me faz falta, pois em pequena dose faz bem, é como um remédio que precisamos muitas vezes para curar um mal físico. Ela, em doses bem medidas, deixa uma ansiedade benéfica, uma leve esperança de que algo ainda está por vir. Mas quando pega assim pesado, sinto a dor cruel e indefinida de não ser, não viver, não ser amada, não criar, não ter abraços nos meus braços, não afagar com mãos de puro carinho um rosto sonhado.

Vou então caminhando meus dias, no passo lento de quem carrega um peso enorme, mas em silêncio e sorrindo, disfarçando assim perante a vida, o combate interno que se trava num lugar habitado por essa estranha e silenciosa companheira solidão.

Que nunca se confunda o autor com o personagem de textos.

25/08/07

Marilda Lavienrose
Enviado por Marilda Lavienrose em 25/08/2007
Reeditado em 08/06/2018
Código do texto: T622953
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