Se eu fosse um livro
Certamente eu estaria numa nova edição, corrigida, aumentada e revisada pelo seu autor ou estaria em um canto qualquer da estante chamada Terra, uma entre tantas, desta infinita livraria que é o Universo.
Prosseguindo com a analogia Homem/Livro, possivelmente, da mesma maneira que algumas pessoas compram livros apenas pela beleza da capa, sem pesquisar o índice e o conteúdo, muitas pessoas avaliam os outros pela aparência física, pela capa, sem considerarem a parte interna, a essência.
Buscam os prazeres imediatos, os sensacionalismos baratos, os dramas alheios ou apenas uma aventura.
Agindo assim, perdem preciosas oportunidades na vida de encontrar verdadeiros seres diamantados.
Partindo da premissa de que somos homens-livros lendo uns aos outros, temos duas opções: ficar só na exterioridade atrativa da capa ou nos aprofundar, intimamente, até as páginas vivas do coração.
A capa pode ser interessante, chamativa, mas é no conteúdo que brilha a essência do texto.
A capa, assim como nosso corpo físico, amassa e as folhas podem rasgar. Mas ninguém amassa ou rasga as idéias e os sentimentos de uma consciência.
Também podemos ler nas páginas experientes da vida, muitos textos de sabedoria. Depende do que estamos buscando na estante.
Bem sabemos quem é o Editor de todos os livros. Em cada um é colocada Sua assinatura, mas só quem lê o interior descobre isso.
Só quem vence a ilusão da capa, que pode ser de várias cores e tamanhos, mergulha nas páginas da vida íntima de alguém e descobre o seu real valor humano e espiritual.
Somente quem for bom e atento leitor irá se deleitar com as páginas dos nossos corações, decifrando as histórias de amores profundos gravadas no Espírito imortal.
E assim exposto, fico me imaginando homem-livro e, nessa condição, como faria para tornar-me uma leitura interessante e criativa?
Estou revisando cada capítulo e espero ser publicado pela editora da vida, estar disponível na estante terrestre ou em qualquer outra estante do Universo.