Sacrifício

Imagine o que seria do mundo sem o sacrifício de milhares e milhares de soldados da força aliada, na segunda grande guerra, diante da encarnação derradeira da perversidade humana? Imagine o que seria do mundo sem o sacrifício de Nelson Mandela diante de corações endurecidos e calcificados de ódio? Imagine o que seria do mundo sem o sacrifício de Gandhi diante dos imponentes casacas vermelhas? Imagine o que seria do mundo sem o sacrifício de Martin Luther King diante da intolerância de uma nação? Imagine o que seria do mundo sem o sacrifício de Sócrates diante da injustiça reinante do tribunal dos homens? Enfim, imagine o que seria do mundo sem o sacrifício de Cristo diante da miséria espiritual da humanidade?

Na nossa sociedade contemporânea, esse termo está praticamente em extinção. A máxima que prevalece nos dias atuais é :” Cada um por si e Deus por todos”. Não há lugar para atos de altruísmo e abnegação. É um mundo onde o individualismo e o egoísmo caminham de mãos dadas, para a infelicidade geral da raça humana.

O verdadeiro significado da palavra amor que tantos pronunciam em vão é sinônimo de sacrifício. “O amor tudo sofre, o amor tudo crê, o amor tudo espera, o amor tudo suporta “, assim nos diz as escrituras sagradas.

Hoje, pais não se sacrificam pelos seus filhos; filhos não se sacrificam pelos seus pais; os cidadãos não se sacrificam pela sua pátria; os líderes não se sacrificam pelas suas causas.

O sacrifício é divino; é necessário; é magnânimo; é doação; é um ato extraordinário e especial de virtude e, acima de tudo, é ação. Sem ação não há mudança; sem ação não há reforma; sem ação não há esperança; sem ação não há nada, além do vazio.

Eu vou terminar a minha reflexão com a sabedoria do pensador Martin Luther King,” Se um homem não descobriu nada pelo qual morreria, não está pronto para viver”.