Biografia de um ser

Histórias!... Dizem que cada um tem uma história

Então são bilhões de história.

Dezessete de janeiro, aniversaria a Neyde Aparecida Ribeiro Florentino. Desde 25 de janeiro de 1975, que caminho ao seu lado, só bênçãos. Nossa união nesse dia se deu na Igreja Presbiteriana. Quem diria, o filho de dona Maria Vitória Florentino casar ali, mas ela não é muito católica, catequista, defende suas convicções com unhas e dentes, permitir que seu filho case assim? (comentários de muitos e muitos que nos conhecia a fundo) muitas indagações:

--- E aí, Neyde, dona Maria não vai gostar!

--- Uai, não estou casando com ela, estou casando com o filho dela!!! (resposta taxativa)

Os que previam essas previsões negativas erraram feio, porque as duas se deram muito bem, nora e sogra foram amigas de verdade até os fins dos tempos de minha mãe que foi em 2010, nos últimos tempos de sua lucidez dizia que minha esposa não era só nora, amiga inseparável mas sim mais uma filha. As duas não deixavam que suas convicções se debatessem, nelas eu sempre vi exemplos de fé inabaláveis...

O começo foi assim: antes de casar eu gostava de um joguinho de sinuca, jogava a valer mesmo. Um dia perdi o meu pagamento todinho, nem sei como fiz quando cheguei em casa, para dar a minha parte no sustento de casa, nem lembro como foi e olha que minha mãe era brava! Uma vez do serviço para o bar, joguei tanto que quando me dei por fé, já tinha amanhecido, no caminho que voltava para casa encontrei com minha mãe, ela mais do que depressa diz:

--- O que é isso Lourenço, agora?

--- Não, mãe, estou vindo da missa das seis. Nem parei já imaginava o terrível sermão...

Mas não foi sempre assim não, eu era o mais santinho dos meus dezesseis irmãos, rs... rsss...

Brincadeiras à parte mas meus irmãos eu sempre os admirei, minha mãe foi também ótima referência para eles, mas voltando ao meu caso, foi assim:

Um dia estava indo para casa pensava e repensava: será que existem anjos, meu Deus! E foi respondida a minha pergunta, vi a Neyde pela primeira vez (ou será que já a tinha observado) só sei que o namoro começou naquele exato momento.

Aí alguns analistas indagavam de novo:

--- Tem certeza, Neyde, ele é viciado na sinuca, e depois?... vinha novamente a resposta no ato:

--- Depois eu dou um jeito nele, (quero acreditar que ela estava convicta de que eu iria mesmo parar, eu acho que sim porque ela sempre foi otimista) o tempo passou, casamos, nunca mais joguei sinuca, quer dizer a valer né?

O vício do cigarro, de tanto que mãe e nora falaram na minha cabeça que parei de uma vez.

Vieram os filhos, 5 no total, todos maravilhosos, consequentemente genro, noras, netos, maravilha pura.

Ah! O assunto é o aniversário!!!

Quantos aniversários dela que passamos juntos, quantos só ficaram no parabéns pra você, épocas apertadas no setor financeiro, apesar saber que as riquezas que almejavas mesmo eram as graças de Nosso Senhor.

Dezessete de janeiro de dois mil e dezoito!!! Parabéns, querida esposa, mais um ano... Que o Senhor te continue abençoando.

Ah! Também sei que apesar dos caminhos às vezes tenham muitos espinhos, transpusestes e outros não temerás, sabe porque? Porque o Criador lhe deu as graças de seres fascinadas nas flores e são muitas lindas flores que colherás no decorrer de sua vida....