Amizade Infantil
Quando se mora em Povoado rural. Longe da violência iminente dos grandes centros urbanos, “selva de pedra” que nos cerca e sufoca. Ficamos afastados da hipocrisia ambicionista que nos escraviza e devora. A aproximação com a natureza abre vácuos de sensitiva sensibilidade em seu viver. Aguça os sentidos, permitindo ouvir o farfalhar das folhas nas árvores. Ver o voou rasante da andorinha. Sentir a fragrância aromática das flores. Deliciar-se com a sinfonia lírica dos pássaros, o chuá chuá das águas em fúlvida cascata do riacho chocando-se nas pedras. Tudo isso enaltecem os refolhos do coração
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Eu sempre quis morar no campo. Vislumbrar o crepúsculo, apreciar a noite prateada do plenilúnio para escrever, narrar reminiscências de uma amizade pueril da infância de cerol multicor nos laços afetivos do amor. É justamente na infância que se constrói o alicerce para uma vida adulta repleta dos conceitos morais, dito “conservadores”, Educação, Moral e Cívica. Porém explicitamente comprovado em eficácia na formação do individuo.
Aqui neste cantinho chamado sertão, onde o ser “sertanejo” luta garridamente contra a seca causticante e avassaladora. Eu vi nascer, não uma, mas duas lindas flores do campo. Tinham elas nuvens murchas no sorriso imaculado dos anjos. Olhar vidrado quanto à pérola. E um grande conceito de amizade plena, mesmo sem saberem. Essa amizade eu posso afirmar que nasceu no berçário.
Veja você, caro leitor, eu acompanhei essas duas pérolas desde as primícias das alvoradas em suas vidas. As primeiras fotos, os primeiros passos, os primórdios sorrisos. Portanto tenho propriedade para afirmar que são elas amigas entrelaçadas pelo condão. Homogêneas, feito olho e lágrima, saliva e língua. Eu lembro muito bem, o dia no qual Janaine nasceu. Era manhã de uma terça feira. O fulgor do sol fulgurava dente as nuvens, que se amalgamavam formando silhuetas celestiais, pareciam anjos querubins tocando banjo.
Alguns meses depois nascia a segunda pérola. O seu nascimento antecedeu o crepúsculo deixando fluir o plenilúnio, e sua cascata de raios fúlvidos prateados invadiram á noite. Da porta do quarto já pude sentir o “cheirinho” de bebê invadir toda a casa. Era uma mescla de fragrância framboesa, com orquídeas aromáticas dos campos silvestres de ária. Dona de cabelos negros quanto à pérola, e vastos quanto à mata. Quão meigo anjo, quão linda Micaely. Recordo que desde os primeiros meses de vida, elas já eram unidas. Feito carne e unha, peixe e água, isca e anzol.
Dividiam os mesmos espaços, os mesmos abraços, os mesmos carinhos, e os mesmos afagos. Dividiam alguns tios, algumas tias, alguns avôs, e algumas avós. Até chegaram a dividir, em algumas ocasiões, os seios que as amamentavam. Reversando-se entre mãe e tia. Juntas aprenderam a engatinhar. Uma, primeiro, outra depois. Foram parceiras desde os primeiros passos, os primeiros risos, e derramaram juntas, as primeiras lágrimas.
Hoje, quase um quinquênio depois, elas “ainda” são pequeninas e continuam doces, delicadas, às vezes zangadas, mas sempre amáveis. Continuam dividindo os mesmos espaços, a mesma escola, a mesma sala, a mesma professora, e suas carteiras escolares são “grudadinhas” umas na outra. Compartilham das mesmas brincadeiras de crianças, as birras, arengas e afetos. Agora elas têm um desígnio, o dogma de concluírem, ano a ano, as séries, para que o condão não seja separado.
A imensurável amizade dessas duas graciosas “criaturinhas” é solida em carinho, afeto e onírica sorte. Aureolas eternizada nesta vida, e creio, não culminará nem mesmo após a morte. Não pode morrer o que é eterno e terno, harmonioso, e por quer não dizer; “um sentimento tão sublime e imortal como o tempo?”...
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Eu sempre quis morar no campo. Vislumbrar o crepúsculo, apreciar a noite prateada do plenilúnio para escrever, narrar reminiscências de uma amizade pueril da infância de cerol multicor nos laços afetivos do amor. É justamente na infância que se constrói o alicerce para uma vida adulta repleta dos conceitos morais, dito “conservadores”, Educação, Moral e Cívica. Porém explicitamente comprovado em eficácia na formação do individuo.
Aqui neste cantinho chamado sertão, onde o ser “sertanejo” luta garridamente contra a seca causticante e avassaladora. Eu vi nascer, não uma, mas duas lindas flores do campo. Tinham elas nuvens murchas no sorriso imaculado dos anjos. Olhar vidrado quanto à pérola. E um grande conceito de amizade plena, mesmo sem saberem. Essa amizade eu posso afirmar que nasceu no berçário.
Veja você, caro leitor, eu acompanhei essas duas pérolas desde as primícias das alvoradas em suas vidas. As primeiras fotos, os primeiros passos, os primórdios sorrisos. Portanto tenho propriedade para afirmar que são elas amigas entrelaçadas pelo condão. Homogêneas, feito olho e lágrima, saliva e língua. Eu lembro muito bem, o dia no qual Janaine nasceu. Era manhã de uma terça feira. O fulgor do sol fulgurava dente as nuvens, que se amalgamavam formando silhuetas celestiais, pareciam anjos querubins tocando banjo.
Alguns meses depois nascia a segunda pérola. O seu nascimento antecedeu o crepúsculo deixando fluir o plenilúnio, e sua cascata de raios fúlvidos prateados invadiram á noite. Da porta do quarto já pude sentir o “cheirinho” de bebê invadir toda a casa. Era uma mescla de fragrância framboesa, com orquídeas aromáticas dos campos silvestres de ária. Dona de cabelos negros quanto à pérola, e vastos quanto à mata. Quão meigo anjo, quão linda Micaely. Recordo que desde os primeiros meses de vida, elas já eram unidas. Feito carne e unha, peixe e água, isca e anzol.
Dividiam os mesmos espaços, os mesmos abraços, os mesmos carinhos, e os mesmos afagos. Dividiam alguns tios, algumas tias, alguns avôs, e algumas avós. Até chegaram a dividir, em algumas ocasiões, os seios que as amamentavam. Reversando-se entre mãe e tia. Juntas aprenderam a engatinhar. Uma, primeiro, outra depois. Foram parceiras desde os primeiros passos, os primeiros risos, e derramaram juntas, as primeiras lágrimas.
Hoje, quase um quinquênio depois, elas “ainda” são pequeninas e continuam doces, delicadas, às vezes zangadas, mas sempre amáveis. Continuam dividindo os mesmos espaços, a mesma escola, a mesma sala, a mesma professora, e suas carteiras escolares são “grudadinhas” umas na outra. Compartilham das mesmas brincadeiras de crianças, as birras, arengas e afetos. Agora elas têm um desígnio, o dogma de concluírem, ano a ano, as séries, para que o condão não seja separado.
A imensurável amizade dessas duas graciosas “criaturinhas” é solida em carinho, afeto e onírica sorte. Aureolas eternizada nesta vida, e creio, não culminará nem mesmo após a morte. Não pode morrer o que é eterno e terno, harmonioso, e por quer não dizer; “um sentimento tão sublime e imortal como o tempo?”...