A RAZOABILIDADE

A RAZOABILIDADE

O termo representa um princípio do Direito Constitucional. Entretanto vou me ater à sua reflexão como sentimento humano, comportamento social. As ações do homem têm os seus fins explicados pela “razoabilidade”. O que equivale dizer que o uso da inteligência ajuda o indivíduo escolher como agir em situações concretas de convivência social.

Ser razoável, segundo os filósofos, é ser conveniente, proceder na conformidade da coerência, com bom senso. O “homem razoável” tem entre suas características uma postura moderada, comedida, em tudo o que faz. A preocupação não só consigo mesmo, mas mantendo-se num equilíbrio racional que valorize o enfoque dos problemas com respeito ao direito dos outros. O compromisso de vida na coletividade, amparado no espírito da proporcionalidade, isto é, obedecendo critérios de adequação e necessidade.

O homem, em sabendo que nunca vai alcançar a perfeição, tem que procurar ser no mínimo razoável. Sem fanatismos, sem ser extremado nas suas convicções, pois, do contrário, produzirá conseqüências nefastas para si e para os que privam do seu relacionamento pessoal.

A prática da razoabilidade exige que se ouça com atenção o que o outro tem a dizer, sem perder a faculdade de tentar convencer de que pode estar com a razão. É um caminho de mão dupla. Um plano de vida formatado na lógica, dentro do possível nas adesões recíprocas, num estado de harmonia.

Razoável é construir um processo do individual sem desprezar o interesse geral. É não abrir mão da afirmação do “eu”, por aceitação tácita do que o outro pensa. Ceder, quando necessário, sem ser submisso ou indiferente a questionamentos. Passar confiança no que faz e no que diz, demonstrar segurança nos hábitos e costumes.

• Integra a série de crônicas “SENTIMENTOS ,EMOÇÕES E ATITUDES”.

Rui Leitão
Enviado por Rui Leitão em 15/01/2018
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