SHAKESPEARE E A CENSURA.
Os posicionamentos que somam, constroem, visam aumentar a visão do todo, restringindo o ganho das investidas pessoais sem utilidade, devem ser respeitados, descartados os vestidos de futilidade e sem nenhuma didática aproveitável.Surge a censura.
Quando a censura de uma só pessoa deve pesar e influenciar mais do que uma malta de ignorantes?
Nos diz Shakespeare, através de Hamlet (para um dos atores):
“Portanto, nada de contenção exagerada. O seu discernimento deve ser o seu guia. Ajuste o gesto à palavra, a palavra ao gesto, e cuide de não perder a simples naturalidade. Pois tudo o que é forçado foge do propósito da atuação, cuja finalidade, tanto na origem como agora, era e é erguer um espelho diante da natureza. Mostrar à virtude as suas feições; ao orgulho, o desprezo, e a cada época e geração, sua figura e estampa. O exagero e a imperícia podem divertir os incultos, mas causam apenas desconforto aos judiciosos; àqueles cuja censura, ainda que de um só, deve pesar mais em sua estima que toda uma plateia de ignorantes.”
William Shakespeare, in "Hamlet"