SHAKESPEARE E A CENSURA.

Os posicionamentos que somam, constroem, visam aumentar a visão do todo, restringindo o ganho das investidas pessoais sem utilidade, devem ser respeitados, descartados os vestidos de futilidade e sem nenhuma didática aproveitável.Surge a censura.

Quando a censura de uma só pessoa deve pesar e influenciar mais do que uma malta de ignorantes?

Nos diz Shakespeare, através de Hamlet (para um dos atores):

“Portanto, nada de contenção exagerada. O seu discernimento deve ser o seu guia. Ajuste o gesto à palavra, a palavra ao gesto, e cuide de não perder a simples naturalidade. Pois tudo o que é forçado foge do propósito da atuação, cuja finalidade, tanto na origem como agora, era e é erguer um espelho diante da natureza. Mostrar à virtude as suas feições; ao orgulho, o desprezo, e a cada época e geração, sua figura e estampa. O exagero e a imperícia podem divertir os incultos, mas causam apenas desconforto aos judiciosos; àqueles cuja censura, ainda que de um só, deve pesar mais em sua estima que toda uma plateia de ignorantes.”

William Shakespeare, in "Hamlet"

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 14/01/2018
Reeditado em 14/01/2018
Código do texto: T6225877
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