LOUCO

Sempre que passava por ali tinha a sensação de perigo aguçada como se, para além daquelas grades e portão de ferro fundido trabalhado em ricos dezenhos geométricos, alguma coisa, alguém lhe espreitasse com propósito de aprisioná-lo outra vez.

Inconscientemente, apressava o passo até quase correr, ao mesmo tempo achava ridiculamente infantil o seu medo, pois a propriedade dava visíveis sinais de abandono com o mato e o lixo tomando conta de tudo ao redor.

Não tinha nenhum sinal de vivalma por perto.

Porém ele, que era louco mas não era nenhum bobo, sabia que, como ex interno, deveria correr léguas de grades e portões de ferro.

Então, pernas pra que te quero...

Alena Ajira
Enviado por Alena Ajira em 14/01/2018
Código do texto: T6225773
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