AS DÚVIDAS DO MUNDO.

Onde está a luz que apaga sombras em que vive a humanidade trazendo conforto, harmonia e paz. Há um “deus” de terror dominante e exclusivo, opressor e único, ditador de costumes.

Qualquer Deus com maiúscula deve traduzir “liberdade e escolha”, arbítrio pessoal antes de mais nada. Está entre os “ismos” que ameaçaram a humanidade já tão desgastada esse “deus” do terror. Segundo bons historiadores será a definitiva convulsão mundial. Um “ismo” terminativo. Seu esboço tem acontecido como noticiado atualmente em ações absurdas que negam mínimos vestígios de humanidade e de saúde mental.

Somos unidade na origem e divisão no convívio. Poucos entendem.

Nenhuma doutrina política, sistema de governo, religião ou crença conseguiu modificar tal estado instaurado entre os homens. A unidade ancestral como raiz continua fracionada, fragmentada.

Os embates não se dão por uma sociedade melhor, mas por vaidades de toda ordem, pessoalidades negociais e busca de lucro individual.

Analisados os grandes nomes se evidencia a afirmação. Ninguém se rende às suas próprias convicções. Vestem o manto do paradoxo.

Charles Darwin, por exemplo, não é só um paradoxo moderno, o foi também quando de suas convicções que ficaram guardadas por temor de perseguição, segredadas pelos amigos.

Fugido de seus princípios religiosos fortes, proclamava que Deus era o legislador supremo. Perdendo sua filha desligou-se da religião, mas mesmo assim ajudava a igreja que antes frequentava.

Persiste o embate entre o criacionismo e o evolucionismo. Este, numericamente, perde longe em adeptos, não importam razões, mas números.

Um em cada dois americanos acredita que o homem possa ser resultado de milhares de anos de evolução. Na Inglaterra, terra natal de Darwin, mesmo sendo herói nacional, um em cada quatro conterrâneos acham sua tese pura enganação.

Para a sociedade, na época, houve um choque acompanhado de revolução de ideias com a hipótese do homem não incorporar um ente especial e ainda ser resultado de macacos.

Fenômenos factuais como provas reunidas por Darwin somaram-se a muitas outras negativas, ou seja, dúvidas, sem respostas, creio que assim será para sempre.

Nada há onde não existe Deus, e Deus existe pela concessão de quem se escora na fé desenhada pela história humana, distante da transcendente divinização das grandes personagens religiosas históricas.

Repita-se à exaustão, O PRIMEIRO MOTOR existiu, só não se chega a Ele formalmente.

A ciência continua a pé, bota, manca, sem meios de provar o ateísmo, pelo mesmo fundamento de ser indemonstrável não existir Deus ou existir. São paralelos que nunca se encontrarão.

A irritação causada por Darwin tem cunho religioso, mas Darwin foi um religioso, traumatizado pela morte da filha refutou o credo, sempre, contudo, afirmando não ser um ateu, mas um agnóstico, aquele que não crê, nem descrê. Apenas duvida. E quem não duvida não cresce em nada.

Pesquisa recente mostra estarem os mais fervorosos defensores da evolução na Islândia, Dinamarca e Suécia. Isto estaria ligado à ausência de todos os temores por aparente segurança material que assiste países ricos. Mas a Islândia, ilha de felicidade material, faliu. Como estariam agora que lhes falta a fé que conforta?

A ciência continua sem poder contestar o Adão romanceado biblicamente, a demografia mundial está ao lado do criacionismo em suas variadas crenças sem que nada nem ninguém reduza esse número expressivo.

Darwin contribuiu em muito para a ciência, mas Adão como ícone continua de pé. Mas nada é resolvido em termos de dúvidas no mundo, e a massa humana continua digladiando em torno da sobrevivência mundial quase pessoal, e chegou-se ao absurdo, depois de conquistar uma certa civilidade, de matar em tempos modernos (o que era comum na antiguidade) em nome de um Deus único. Ou se está com ele ou deve ser eliminado.

A imbecilidade, cretinice, idiotia, tomam conta do mundo. Não são véus religiosos, são pardacentas visões que nunca alcançarão luz.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 13/01/2018
Código do texto: T6224973
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