Sano, insano, santo ou profano?
Falar de amor é uma das tarefas mais difíceis na vida de qualquer ser humano. Trocamos confidências, perdemos e achamos as estribeiras, padecemos quando entramos em confusão, saímos do convencional. Instala-se uma paranoia quando perdemos o domínio do coração, dos sentimentos em geral.
Ele prende e solta, sufoca e dá o ar, arde e refresca em ciúmes, porém, tudo é amor, tudo é vida!
Mas por qual motivo não falarmos do amor?
Por que não vivenciarmos tal sentimento?
A vida segue seu rumo, seu desnível sem rumo e sem prumo, mas o mais importante é darmos vida ao nosso ser, engatinharmos dentro do universo chamado sentir. Concorda-se com algumas coisas, discorda-se de outras. O amor sara e constrói e ao mesmo tempo, no calor das emoções, ele também fere como um punhal a perfurar.
Quem vive o amor na sua totalidade, se é que pode se dizer assim, haja visto que ninguém o consegue viver na íntegra, tende a ser alguém mais especial porque não teme o sentimento. Sentimos o conforto da alma e o aconchego que tanto nos faz bem. Se, nos ferimos pelo sentimento, também nos saramos pelo mesmo.
A sabedoria do amar está na forma e na verdade que cada pessoa carrega dentro de si. Porém, quando o assunto é amor, perdemos a sabedoria e razão quase sempre.
Não perdemos nada em darmos amor porque amar é viver. Perdemos quando não sabemos receber o amor que a nós é ofertado. Estamos na caminhada para aprendermos a lidar com os sentimentos. Vezes confuso, vezes sano, vezes insano, mas toda forma de amor é válida, desde que haja verdade e reciprocidade.
Temos que ter todo o cuidado para que ele não inflame, não sangre. Mesmo diante do sofrimento na alma e da vida no nosso ser que o amor oferece, em resumo poderia eu, ousadamente dizer, que vivemos mordendo e depois assoprando. A receita mágica está na integridade e verdade necessária ao sentimento mais falado, mais vivenciado e, talvez, o menos desfrutado da vida humana.
Ocorre então uma certa liberdade na alma, uma prisão no desconhecido, uma satisfação no enigmático. Amar, amar e mais amar, morrer e viver pelo mesmo motivo. Só os loucos, os de verdadeira sanidade, sabem qual o real motivo da entrada na guerra.
Sano, insano, santo ou profano, porque amar é viver e viver é morrer e se contentar com a vida de amor: com ou sem medos!