DEPOIS DA MORDIDA NA GRANDE MAÇÃ ENCARNADA
Mudei completamente o meu pensar após visitar a "big apple" e uma nova atitude se instalou em mim assim, de modo quase instantâneo.
Já ao descer no aeroporto eu senti que algo estava se passando em meu ser, mesmo que ainda alquebrado pela turbulência gigante na decolagem de São Paulo a qual me provocou um grande mal estar, que aliás perdurou por toda viagem (O Vonau me salvou!).
Quando finalmente chegamos (Como já escrevi), deu-se a metamorfose...
Passei a achar normal aquelas enormidades de espaços e de aglomerações de pessoas chegando e saindo de algum lugar, sempre.
Passei a admirar aqueles ícones espalhados pela cidade que atraem multidões que deles se aproximam e deixam-se fotografar: no LOVE (Aquelas letras empilhadas); no HighLine (A linha de trem desativada);no Chelsea Market (Uma antiga fábrica de biscoitos); em Wall Street (Um muro que não mais existe); nos ovos do Touro (que traduz a ferocidade da besta); na menininha que enfrenta o capitalismo; nos museus e no complexo memorial ao dia 11 de setembro de 2011, entre outros locais de peregrinação.
Comecei a entender o conceito desse novo adjetivo que invadiu a Mídia mundial.
Essa foi a mudança... Os fatos objetivos se definharam e passaram a ter menos importância que as crenças pessoais (Esse Google deveria se chamar bombril... serve pra tudo).
As fotos, as poses, os flashes, os faces, os selfs, os instagrans, os gifs, conduzem boiadas de gente para os lugares icásticos que vão e voltam pelas calçadas, nos metrôs, nas lojas, restaurantes, carrocinhas de rua e tantos outros locais (Todos entupidos de pessoas).
Diante de tantas conjecturas soçobram redundâncias que devem ser debitadas à dimensão cércea do meu pensar e talvez, por isso mesmo me fizeram render-me à pós-verdade! (Palavra do ano segundo a universidade de Oxford... é Google, seu minino). Sobranceiro, agora pouco se me dá que o Trump ataque à Síria ou a Coréia do Norte ou que a situação do Brasil está assim ou assado.
Não mais me importam os fatos, quero o registro midiático, de preferência em pós-tempo-quase-real