A Varanda da Antiga Casa Verde.
 
Havia numa esquina, defronte ao antigo posto médico, travessa com a rua da ferrugem, vizinha lateral da erosão; uma antiga casa verde com antigos móveis de um antigo dono com antigos hábitos. A varanda da casa verde sempre estivera ali, no mesmo lugar desde os primórdios de sua antiga arquitetura barroca. Telhas antigas vasculhadas a priori com antiga vassoura de palha.

Moveis impecavelmente espanados com antigos espanadores colocados em movimento vai e vem pelas mãos da antiga Anastácia. Com o passar dos anos, a antiga casa verde ganhou uma grade de tons azuis, que também ficaram antigas.

Ela pode representar proteção, ou as grades de uma antiga prisão. Dentro dela varias plantas de comigo-ninguém-pode, crote, samambaias e antigas trepadeiras. Ao redor algumas antigas cadeiras de madeira, habilmente envernizadas de tom verniz. Sentado nela um antigo senhor e suas historias antigas de colonização e perseverança.

Postulada em sua mão direita uma bíblia sagrada com sua antiga capa dourada. Faz parte da rotina dos antigos sábios. O olhar do ancião encontrasse esmaecido. Perdera o fulgor dos antigos anos vividos com intensa luta e labor. Os seus passos lentos e cansados denotam a perda da agilidade de outrora, as suar pernas ficaram antigas. A cabeça ornamentada com vastos cabelos alvo-algodão representa a lã do antigo cordeiro de Deus.

A varanda da antiga casa verde sempre estivera ali, no mesmo lugar e nela as antigas plantas, as antigas cadeiras e o antigo augure que espera, com a ânsia angustiante de quem vive, pelo aniquilador antagônico da vida para o qual não existe antídoto novo. 
Marcos Antônio Lima
Enviado por Marcos Antônio Lima em 10/01/2018
Código do texto: T6222138
Classificação de conteúdo: seguro