Zênite
É quando o sol está no Zênite que o juízo esquenta, deu-se conta disso alguns segundos antes de atravessar a rua. Aguardava o sinal fechar e enquanto o suor lhe tomava a testa pode notar do outro lado da pista duas mulheres que aparentavam ter perdido algo.
Voltou os sentidos para o semáforo, que sinalizava cinquenta e quatro segundos para o feito. Já do outro lado, continuou a observar as mulheres, agora de perto poderiam até ser mãe e filha, conseguiu ouvir na passagem que procuravam um policial, o segurança do shopping tentou orientá-las, enquanto apontavam para o ponto de ônibus e imploravam por um policial que fosse averiguar o ocorrido, diziam que o assaltante havia sido dominado, lhe tomaram a arma e precisavam que a policia chegasse para que a viagem pudesse prosseguir.
O suor já escorria pelos olhos, apressou o passo e sentiu o ar condicionado do centro comercial, observou que durante todo o caminho não havia visto um único policial, entrou na farmácia e tomou seu lugar na fila, logo esqueceu o ocorrido e já estava observando a garota que reclamava da falta de atendentes, da escassez de farmácias no local, alguém lembrou a falência de uma grande rede, outro do aluguel absurdo que se cobra no shopping, quando uma bandinha passa desviando a atenção de clientes e funcionários, que logo esquecem dos problemas.
Alguém informa tratar-se de um evento promocional para um programa de TV,e ficam observando o movimento daquele grupo com suas fantasias de época. Quando chega sua vez de ser atendido, nota que o valor do remédio está mais caro que da última vez, vasculha os bolsos, reúne mais uns trocados e pronto, só precisa retornar pelo mesmo caminho, a saída do prédio provoca um choque de realidade, o calor, as pessoas nas ruas, os problemas de cada um e o problema de todos, mas a única certeza que tinha, era que o sol no Zênite, no ponto mais alto do céu, e seus raios esquentando o juízo favorecem os mais absurdos acontecimentos.
Voltou os sentidos para o semáforo, que sinalizava cinquenta e quatro segundos para o feito. Já do outro lado, continuou a observar as mulheres, agora de perto poderiam até ser mãe e filha, conseguiu ouvir na passagem que procuravam um policial, o segurança do shopping tentou orientá-las, enquanto apontavam para o ponto de ônibus e imploravam por um policial que fosse averiguar o ocorrido, diziam que o assaltante havia sido dominado, lhe tomaram a arma e precisavam que a policia chegasse para que a viagem pudesse prosseguir.
O suor já escorria pelos olhos, apressou o passo e sentiu o ar condicionado do centro comercial, observou que durante todo o caminho não havia visto um único policial, entrou na farmácia e tomou seu lugar na fila, logo esqueceu o ocorrido e já estava observando a garota que reclamava da falta de atendentes, da escassez de farmácias no local, alguém lembrou a falência de uma grande rede, outro do aluguel absurdo que se cobra no shopping, quando uma bandinha passa desviando a atenção de clientes e funcionários, que logo esquecem dos problemas.
Alguém informa tratar-se de um evento promocional para um programa de TV,e ficam observando o movimento daquele grupo com suas fantasias de época. Quando chega sua vez de ser atendido, nota que o valor do remédio está mais caro que da última vez, vasculha os bolsos, reúne mais uns trocados e pronto, só precisa retornar pelo mesmo caminho, a saída do prédio provoca um choque de realidade, o calor, as pessoas nas ruas, os problemas de cada um e o problema de todos, mas a única certeza que tinha, era que o sol no Zênite, no ponto mais alto do céu, e seus raios esquentando o juízo favorecem os mais absurdos acontecimentos.