O Abajur

Estava ele saindo do trabalho exausto, não pensava a não ser se deitar e deliciar em sua cama.

Chegando em sua humilde residência não pensava se não for descansar, tentar descansar.

Chegando, já escuro, entra em seu quarto todo desarrumado, liga o abajur e senta na beirada da sua cama ainda com o mesmo lençol. Retira o seu tênis e sua meia e ali mesmo os deixam. Procura o controle remoto da tevê. Na tevê não havia nada o que agradava, ligou o seu som e colocou uma música de pura lentidão do que mais gostava. Coloca sua mão em seu bolso e retira o celular. Logo começa ver momentos de sua vida...

A música em seu poder de calmaria e o cansaço o leva ao profundo sono. Seus olhos lentamente se fecham, bocejos para saudar o sono...

- Amor!

-amorzinho?

Uma voz vinha de outro cômodo.

Ele perde o teu sono e vê sua amada na porta de seu quarto vestindo sua camiseta branca que por sinal parecia uma saia.

Levantou-se, abraçou-a como se não houvesse o amanhã. Ela sem saber como entender, o retribuiu. Distanciou e olhou profundamente aos seus olhos deixando-a totalmente sem graça. Ela nunca viu uma atitude tão carinhosa em 4 anos de namoro. Sem saber qual atitude seria certa ela o indagou?

- amor? Bem, você está legal? Heim, minha vida?

Ele continuou anestesiado por vê-la. Um momento tão importante em sua vida que não queria perder. E de repente colocou- a vagarosamente com todo cuidado deitada em sua cama. Coloco-a como um vidro de cristal em uma mesa fria e dura que qualquer vacilo poderia quebrá-lo.

Deitou ao seu lado que tão natural suas pernas se entrelaçaram. Sua mão afagando-a. As trocas de olhares mútuas sem excessão que chamava mais atenção. O calor humano os aproximaram, os olhos se fecharam, a luz do luar de seus corações era a única luz em permeio o mar encontrando a areia da praia. Os lábios se encontraram!

Em um momento de puro sentimento nada em sua volta mais existia, só eles, só eles. Em uma força ele se joga em cima dela; ela toda assustada, jamais pressentia tal reação. Segurando-a pelas mãos, carinhosamente sorriu e em tons melódicos a disse:

- Eu a amo.

- Meu amor, assim vc me assusta... Mas pare seu bobinho, é mentira.

Ela guiou sua boca em direção a dele, desviando rapidamente no pé do ouvido:

- E você é tão tolo para acreditar que eu não saiba que me a ama?

Ao seu lado ele volta a se deitar, cruzou seu braço esquerdo embaixo da cabeça e o braço direito para confortá-la como travesseiro. Nessa cama repousaram como pássaros esperando romper a aurora para cantar.

Em sua cabeça sons agudos o tirava atenção de uma noite maravilhosa que passara. O som crescente e uma luz branca nítida era o despertador de seu celular que caira no chão ao lado de sua cama.

Ao olhar para o seu lado direito, lá estava o travesseiro em que ele o confortou a noite toda em seu braço e o braço esquerdo que o confortara estava todo dolorido.

Sem perder o tempo do seu trabalho, apagou a luz de seu abajur, sentou em sua cama, esfregou-se os olhos, bocejou e espreguiçou rapidamente.

Foi a cozinha, sentou na mesa. Sua amada mãe, sendo mãe, o serviu uma xícara de café desejando-o um bom dia. Mãe sempre está preocupada com o sentimento de seus filhos, logo indagou:

- Meu menino, por que fala tanta a noite, por que tanto se mexe ?

Ele com a voz ronca e cansada mais parecia que tinha tomado uma picada de maribondo na língua, replicou:

- Mama, é o abajur, esqueci o maldito do abajur ligado.

Elias Willian
Enviado por Elias Willian em 05/01/2018
Código do texto: T6217434
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