O menino e o açougue
O menino, tinha uns 11 anos de idade, quando seu pai o empregou, no Açougue Teodoro, na cidade de Pires do Rio, Goiás, onde residiam, por volta de 1972.
Era o seu primeiro emprego na cidade. Trabalhava na parte da manhã, pois à tarde, estudava no Grupo Escolar Martins Borges.
Mas o menino, não queria trabalhar alí, pois havia riscos de acidentes, com facas afiadas, ambiente úmido e sangue esparramado, até nas paredes. Alí entrava banda de vacas e porcos, prontos para serem descarnados e vendidos a consumidores.
Não era serviço fácil, para um menino como eu.
Trabalhávamos, eu e meu Tio, Zé Crião (in memorian), proprietário e outro funcionário adulto.
O tempo passou e eu, certo dia, cortei a mão esquerda, gravemente, com uma faca, alí no açougue. Eu era destro, então não faltei às aulas.
Ao se recuperar, pedi ao meu tio, para trabalhar em seu Armazém, ao lado. Consegui! Graças a Deus...Alí era bem diferente, trabalhando sozinho, com secos e molhados. Tinha de tudo, balas de doce, arroz, feijão, óleo, pinga em garrafas, querosene, etc. O balcão do Armazém, era quase de minha altura. Quando eu tinha fome, comia alí mesmo algum biscoito e tal.
Fazia minhas tarefas de escola alí, no balcão limpinho, bem diferente do açougue, que estava sempre úmido ou molhado de sangue.
No Armazém, o único problema, eram os ratos e as formigas.
Certo dia, cai da escada, tentando matar um ratinho, em cima da prateleira. O roedor, furou um saco de alimento e estava sempre alí, roubando comida. Eu não machuquei na queda, pois cai em cima de umas caixas de papelão, vazias.
Alguns fatos:
Um dia, chegou no balcão, um sujeito meio encardido, aparentemente bêbado e me pediu uma dose de pinga.
Eu disse: aqui não vende dose...vendemos a garrafa cheia.
Pra quê!... Ele enfureceu e quase me bateu.
Eu me livrei do bêbado, graças ao meu tio, que colocou o sujeito, pra fora do Armazém, à força.
Certo dia, eu fiquei meio trêmulo, mas não de medo, mas de emoção, por ver chegar alí no balcão, uma menina linda, quase da minha idade.
Ela queria comprar balas de doce, mas quando fui atendê-la, tropecei num tamborete e quase cai com a cara no balcão.
A menina riu, baixinho... Eu quase morri de vergonha.
Entreguei logo as balas, peguei o dinheiro dela e ela sumiu e nunca mais há vi por ali. Não deu tempo nem de perguntar o seu nome ou o nome de seus pais.
Em frente ao Armazém, havia uma praça e um grande Mercado Municipal, com bancas, ao meio e Bares, Armazens e outros, na lateral, que vendiam de tudo, de balas de doce a balas de espingarda felobé.
Na entrada do Mercado, tinha um vendedor de fumo de rolo e em outra entrada, ficava um Bar e ao lado o Armazém do Teixeirinha.
Ao lado do Mercado, a Única Rodoviária da cidade e em frente à mesma, a Estação Ferroviária (ver crônicas "Trem de Ferro"), onde havia Trem de passageiros, entre Goiânia, Goiás e Belo Horizonte, Minas Gerais.
O menino, tinha uns 11 anos de idade, quando seu pai o empregou, no Açougue Teodoro, na cidade de Pires do Rio, Goiás, onde residiam, por volta de 1972.
Era o seu primeiro emprego na cidade. Trabalhava na parte da manhã, pois à tarde, estudava no Grupo Escolar Martins Borges.
Mas o menino, não queria trabalhar alí, pois havia riscos de acidentes, com facas afiadas, ambiente úmido e sangue esparramado, até nas paredes. Alí entrava banda de vacas e porcos, prontos para serem descarnados e vendidos a consumidores.
Não era serviço fácil, para um menino como eu.
Trabalhávamos, eu e meu Tio, Zé Crião (in memorian), proprietário e outro funcionário adulto.
O tempo passou e eu, certo dia, cortei a mão esquerda, gravemente, com uma faca, alí no açougue. Eu era destro, então não faltei às aulas.
Ao se recuperar, pedi ao meu tio, para trabalhar em seu Armazém, ao lado. Consegui! Graças a Deus...Alí era bem diferente, trabalhando sozinho, com secos e molhados. Tinha de tudo, balas de doce, arroz, feijão, óleo, pinga em garrafas, querosene, etc. O balcão do Armazém, era quase de minha altura. Quando eu tinha fome, comia alí mesmo algum biscoito e tal.
Fazia minhas tarefas de escola alí, no balcão limpinho, bem diferente do açougue, que estava sempre úmido ou molhado de sangue.
No Armazém, o único problema, eram os ratos e as formigas.
Certo dia, cai da escada, tentando matar um ratinho, em cima da prateleira. O roedor, furou um saco de alimento e estava sempre alí, roubando comida. Eu não machuquei na queda, pois cai em cima de umas caixas de papelão, vazias.
Alguns fatos:
Um dia, chegou no balcão, um sujeito meio encardido, aparentemente bêbado e me pediu uma dose de pinga.
Eu disse: aqui não vende dose...vendemos a garrafa cheia.
Pra quê!... Ele enfureceu e quase me bateu.
Eu me livrei do bêbado, graças ao meu tio, que colocou o sujeito, pra fora do Armazém, à força.
Certo dia, eu fiquei meio trêmulo, mas não de medo, mas de emoção, por ver chegar alí no balcão, uma menina linda, quase da minha idade.
Ela queria comprar balas de doce, mas quando fui atendê-la, tropecei num tamborete e quase cai com a cara no balcão.
A menina riu, baixinho... Eu quase morri de vergonha.
Entreguei logo as balas, peguei o dinheiro dela e ela sumiu e nunca mais há vi por ali. Não deu tempo nem de perguntar o seu nome ou o nome de seus pais.
Em frente ao Armazém, havia uma praça e um grande Mercado Municipal, com bancas, ao meio e Bares, Armazens e outros, na lateral, que vendiam de tudo, de balas de doce a balas de espingarda felobé.
Na entrada do Mercado, tinha um vendedor de fumo de rolo e em outra entrada, ficava um Bar e ao lado o Armazém do Teixeirinha.
Ao lado do Mercado, a Única Rodoviária da cidade e em frente à mesma, a Estação Ferroviária (ver crônicas "Trem de Ferro"), onde havia Trem de passageiros, entre Goiânia, Goiás e Belo Horizonte, Minas Gerais.