A vida como ela é?
Crônica
Hoje ao voltar para casa, ao entrar na padaria para pegar o pão quentinho, e saborear àquele café com a minha família, neste lindo domingo chuvoso, encontrei uma velha conhecida dos tempos de escola, eu não diria amiga, porque amigo é uma palavra de grande significado, para eu dizer que sou amiga de alguém eu realmente preciso me sentir assim convivendo ou ter convivido, preciso sentir a reciprocidade e sinceridade, coisa rara é a verdadeira amizade, quando isso acontece, a gente guarda para o resto da vida. Porém, voltando ao reencontro, eu fui abordada da seguinte forma; _ Menina, é você? Não acredito! Quantos anos faz que a gente não se vê, uma vida, não é? Liduina, a cantora do Educandário Felipe dos Santos, anos setenta? Hoje a escritora triste, tenho acompanhado você no Recanto das Letras, lhe encontrei por acaso, pois escrevo também nele, e vejo que você sempre escreve textos triste demais, porque você é tão infeliz, mulher? _ Cantora eu? (eu fiquei simplesmente calada ouvindo a idiotice da pessoa) Sabe, aquilo não estragou o meu último dia do ano, eu estava vindo exatamente da igreja, fui agradecer a Deus, todas as coisas maravilhosas que Ele me proporciona todos os dias, sou agradecida todas as horas, e fico muito triste que ainda existam certos tipos de gente nessa vida, que não mede esforços para tentar lhe tirar do sério. Pois bem, deixei a infeliz por lá mesmo e saí, sem lhe dar a certeza se eu era feliz ou triste. As pessoas realmente confundem a poesia com a vida real da gente, recebo alguns emails com textos de auto-ajuda, é pra rir ou pra chorar? Nem uma coisa nem outra, vou continuar escrvendo do meu jeito, do jeito que eu gosto, ora mais, era só o que me faltava, eu lá tenho satisfação à dar da minha vida pra ninguém.