A São Silvestre ,sem o velho "glamour".

          Há muito tempo que a famosa corrida de São Silvestre virou um Brasil -África,  diferente dos anos anteriores à década de 70, onde haviam muitos europeus e corredores do Leste Europeu, equilibrando a corrida com os africanos.  Até o lendário Emil Zatopek ( O locomotiva humana), esteve na edição de 1952.
          Perdeu a metade da graça, pois de antemão sabemos que algum etíope ou queniano levará a coroa de louro.  Eu disse a metade da graça, de propósito, pois os 50% que pertence a alegria e descompromisso do povão, essa continua encantando o telespectador.
           Este ano aconteceu a corrida de número 93,  e a maioria não imagina o quanto a São Silvestre é conhecida no mundo, ainda é vista como uma corrida diferente de qualquer outra, mas temo que a estejam matando aos poucos.
           Hoje a Maratona de Nova York , que acontece no primeiro domingo de novembro,  já é mais importante no circuíto internacional,  porque há um apelo turístico muito forte em torno do evento,  e olhe que ela começou em 1970 como um "clone" da nossa corrida .
           Dizem que a entrada da rede Globo ajudou a afundar o barco, mas não acredito, devemos separar as coisas, pois quanto mais veículos de transmissão, melhor para o evento.
           Na minha humilde opinião penso que há pouco investimento, premiações baixas, incentivos promocionais tímidos,  nenhuma ligação com o turismo , e sem isso, nada feito.
           Ficarei torcendo como um bobo, do conforto da minha poltrona, tomando uma Skol bem gelada, enquanto a mesma banda passa pela Tele.
          

 
Aragón Guerrero
Enviado por Aragón Guerrero em 31/12/2017
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