FIM DE ANO

Todo fim trás nostalgia. É uma época que acaba e não voltará mais. O ano de 2017 não é diferente.Apesar dos pesares houve muita coisa boa e momentos que serão eternos. E é com a nostalgia de um fim de ano que ingressamos esperançosos, em um ano novo. Quantas surpresas nos aguardam, quanta expectativa de felicidade, de amor, de realização e paz.Mas o ano só será novo, repleto de coisas novas, se nos renovarmos, se mudarmos para melhor, se aprendermos a reconhecer nossos erros e lutarmos para não repeti-los. Não se começa uma nova vida se trazemos para ela todas as bugigangas que atravancavam a anterior. Uma faxina na mente e no coração se faz necessária. Amizades, amores e relacionamentos só devem ser mantidos se fazem de nós pessoas melhores, mais voltadas para Deus e para o próximo. Assim também os lugares que freqüentamos. Só devemos voltar a eles se nos acrescentam paz e realização interiores. Devemos abrir os olhos da alma para aprender a ver a verdadeira beleza que, às vezes, está mais no interior que no exterior das pessoas. Precisaremos nos deixar surpreender com o encanto que quase sempre passa despercebido ante nossos olhos: a exuberância do nascer do sol, a singeleza do cair da tarde, a grandiosidade do céu estrelado, com a lua cercada por seu séquito astral, a sinfonia dos pássaros que cantam, a variedade das cores que a natureza nos revela nas árvores, nas plantas e nas flores, a suavidade do rio que corre, a paz que emite as ondas que espumam na praia, o toque da brisa que acaricia nossa pele e com a pequena semente que germina e que rompe a terra. São tantas e tantas as maravilhas que nos cercam e pelas quais passamos indiferentes reclamando da vida. Que neste ano novo possamos nos redescobrir, antes de tudo, como obra prima de Deus. E finalmente ver que fazemos parte de uma tela magnífica cujo autor é o Deus da vida, que nos ama e acredita em nós.