Juras

Foi ali que fiz as juras mais rasas e patranhas da vida, como quem gritasse:

- "E é isso ai, sem meio termo, desisto, minha saúde mental agradece e eu nunca nem precisei dele, de ninguém!"

Sabendo que a maldita voz, haviam muitas, claro... Mas, uma das principais, ralhava aos quatro cantos:

- "E tu vais fazer o que? Sabes que é tudo que ainda importa."

E se tivesse escolha, naquele momento teria ido, mas o coração sabia que não, então só por isso entesei as pernas sobre as cobertas brancas, assistindo a desistência dizer adeus reclinada sobre meu ego.

Ana Karolina
Enviado por Ana Karolina em 26/12/2017
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