Memorias de Tom Jobim.
As vezes me pego bebendo um whisky cowboy, e ouvindo bossa nova, como o dia de hoje.
E fico me perguntando: " Como seria o Rio de Janeiro hoje, para Tom Jobim?", pois hoje os traços desse Rio de Janeiro, nem de perto se comparam aquela Ipanema encantadora que ele canta, uma avalanche de estereótipos televisivos, uma cultura de massa que ofusca a realidade dos meus ouvidos.
Noticias no jornal da quantidade de violência que assola a cidade, a liberdade de Ana Paula Jatobá, e Suzane, Guilherme de Pádua virando pastor evangélico, coo seria que ele interpretaria esse Brasil de hoje?.
Temos saudade pela qualidade musical, mas com um tom de certo sarcasmo afirmo que ele viveu no tempo que deveria viver, pois talvez seus poemas, seu brilhantismo fossem contrastar com essa escuridão que vivemos, tanto da realidade promiscua, das decisões descabidas de um tribunal, ou tão somente a avalanche apodrecida de musicas sem qualidade, de um funk predominante, de tantos subgêneros sendo criados.
Como seria explicado o fato do Heavy metal respirar por aparelhos, uma cultura que de certa forma para nos brasileiros e enlatada, mas que desenhou a adolescência de muitos como eu.
São tantas desilusões que acredito que ele não diria que nada disso foi por causa do amor.