A virada dos pitanguapos
A virada dos pitanguapos
Mostrando que não acredita que o mundo possa acabar antes, e tampouco que possa receber o golpe branco no recesso na(f)talino, nosso Presidente incumbente e sorridente, e avô, finalmente, assina a medida provisória - sabendo que congresso algum ousar se oporia - determinando que o próximo encontro dos pitanguapos acontecerá no Bar-Restaurante do Minas Tênis Clube em 10 de janeiro de 2018.
Anfitrionará o encontro o respeitável triunvirato, Rogério (o não-abstêmio), Marcon10 (que não carece mais avaliação) e Bécaud (o que a perda da falangeta superou), o único reparo que tenho a fazer é exaltar o bom senso ético e etílico desses moços que se inclinam à excelência daquele santuário atleticano até na composição de seu piso, de ladrilhos alvinegros. O eternamente feliz cruzeirense, multitulado, Ronaldo Kunnot será também sempre bem-vindo e escoltado "de formas que", possa ter a dieta rigorosamente mantida sem eventuais assaltos a cerejas que comporão o bolo dos aniVELsariantes - o trocadilho aqui vai por conta e homenagem à Senhora Primeira Dama, Vel Machado, que tem sido incansável e generosa no fornecimento dessa matéria prima que faz a muchachada cantar e se solidarizar ao cabo de cada sessão mensal. O difícil, reconhecemos é conseguir, de fogo, e dum sopro só, apagar tanta vela.
E o ano que está aí, prestes e ser chamado de s´est fini, não foi fácil, cobrando-nos amigos, colegas, parentes, próximos e até distantes. Isso só pra dar uma avaliaçãozinha genérica de nosso grupo. É contudo a roda da vida, como cantava Altemar Dutra, ...la vida es la ruleta en que apostamos todo, alguién tiene que perder pa´ otro entrar en el juego...
Mas os momentos felizes foram plenamente superavitários. E a solidariedade aí mostrou-se cada vez mais fortalecida, profunda e espontânea. As reuniões mensais foram concorridas na medida do possível - afora a cerveja correndo solta, os usuais três dedos...de cachaça, é bom que se esclareça...para melhor calibrar o fígado e a consciência pra se pegar o volante em seguida...e tome recordação, do passado, presente e até do porvir.
E os encontros semestrais no torrão natal foram também realizados conforme previsão, muito embora, aquele impacto inicial já não se tenha repetido em igual ou próxima intensidade, definitivamente nunca deixou de ser reencontro eivado de novi-saudades, passadas e até antecipadas.
Embora sem ter alcançado a graça de São José de Chuteiras para ser escalado pelo inflexível Bécaud, não esmoreci nos meus propósitos de um dia endossar a malha titular do scratch mais cobiçado do planeta. Sigo confiante de que minha credencial de segundo reserva d´appélation contrôlée (à semelhança dos tradicionais vinhos franceses) do grande Quildário no time do Sô João não é pouca aposta.
Um Natal santificado, de um bom peru recheado, e, mesmo sem crer em contos de fadas e almofadas, a todos meus votos de boas entradas...