O COTIDIANO E LEMBRANÇAS II... 20h36min.

Finalmente consegui visitar a dileta amiga Denise, lá chegamos era perto de quatro horas, ficamos até perto das seis, deu para matar a saudade, mostrou as fotos da formatura, - estava se formando em medicina – estava bastante feliz, pois as alegrias eram muitas, embora carioca de nascimento, estava eufórica por finalmente voltar em definitivo à Curitiba; já havia prestado exames para fazer residência, em três locais diferentes, porém, gostaria de ser aprovada no Hospital Erasto Gaertner, ponto de referencia em tratamento de câncer, pois quer se especializar em Radiologia e isto ficará sabendo na segunda feira...

Um de seus cãezinhos faleceu no Rio de Janeiro, somente trouxe um e mais a gatinha... Tomamos um café e conversamos bastante; ao mesmo tempo um dos motivos de sua alegria, é ter comprado um novo carro, que lhe foi entregue ontem, a que estava fazendo uso, fez uma revisão está passando para um de seus filhos; alias nos vem à lembrança de um pensamento de André Luiz, que está no livro Agenda Cristã, pela psicografia de Chico Xavier: quando se compra um carro novo se ajuda centenas de mãos que trabalham...

Despedimo-nos, pois era preciso regressar para dar a janta a Meg e ao Lucky e aplicar nela a insulina...

... Nossas lembranças de hoje, já faz algum tempo que queremos mencionar; vamos num passe de mágica, recuar aos de 1947, tínhamos na época seis anos, ainda não estávamos na escola, pois naqueles idos tempos, a alfabetização somente se iniciava após as crianças completarem sete...

Nosso avô tivera sérios reveses, na parte financeira, e aqui nesta cidade, - Curitiba – tentava se “refazer”; havia um pequeno açougue perto de nossa humilde casa, nosso avô, conversando com o mesmo, se predispôs a vender sua pequena produção, charque, que seria um tipo de carne salgada e secada ao sol... Esta pessoa cedeu a ele, uma pequena carroça de tração animal, num pequeno compartimento, ficaria a mercadoria, coberta, algumas vezes nos recordamos de sair com ele, ficávamos, sentados ao seu lado, protegidos por um cobertor, pois o inverno Curitiba, der deveras “constrangedor”...

A saída era bem cedo, a “missão” de nosso avô, era procurar armazéns, para oferecer a mercadoria, que quando era aceita, era pesada, penso que o acerto financeiro seria feito a vista...

Imagino que o nosso regresso, era lá pelas duas horas da tarde, talvez antes de regressarmos para caso ele passasse no açougue do proprietário para efetuar o acerto das vendas, quando finalmente voltávamos para casa, e nos alimentar...

Recordamos-nos, vagamente, estas suas novas atividades não duraram por muito tempo, no início de 1951, sua pertinaz doença foi minando sua combalida saúde, um de seus filhos, o levou para uma casa de sua filha, na distante cidade de Pastagem, - atual Agronômica, perto da cidade de Rio do Sul Santa Catarina...

Prometemos dar continuidade, que seria sucintamente o epílogo destas tristes lembranças do cotidiano, mas que estão gravadas em nossos “arquivos d´alma.” 21h27min.

Curitiba, 16 de dezembro de 2017 – Reflexões do Cotidiano – Saul

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Walmor Zimerman
Enviado por Walmor Zimerman em 16/12/2017
Reeditado em 17/12/2017
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