Quarto
Um quarto onde não cabia mais nada do quer a minha solidão e velhas caixas de papelão. Contendo tudo aquilo que o meu desapego levou a me desapegar.
As paredes brancas me davam uma clara sensação de nuvens brancas, cuja a luz clara seria a luz dourada do sol. E me sinto meio que estranho, tanto ao ponto de me sentir somente como alma, cujo o corpo era de um artista, pirado e louco. Morto ali no meio do seu quarto, sem ser um suicídio, mas o meu sexto sentindo ou podia-se dizer, toda minha sensibilidade, fazia-me sentir a sim.
Ou eu me via como um anjo no meio de um pedaço do paraíso, cujo a saída do meu quarto faria me dá de cara com outros mundos. Como umbral, como um lugar repleto de melancolia. E as vezes a minha solidão de repente do nada, sem ao menos me da um aviso prévio. Simplesmente tomavam-me o meu corpo ou minha alma, por um sentimento de euforia ou em alegria.
E cada canto que ligava um canto ao outro, marcava um enorme: “X” E eu quase que no centro, imaginando com minha própria loucura, se isso, seria algum tipo de sinal ou coisa parecida.
Ater mesmo extraterrestre na minha louca concepção, movido de forma transgressiva pela minha própria loucura, cujo tanto amo.
E a poeira ou pó vinham pela porta ou pelas gretas da janela e pousava tão lentamente, quanto invisivelmente. E quando as minhas vistas notavam tal coisa estranha, essas coisas era o pó por cima das tais coisas.
As linhas que marcava os pisos com pequenas formigas a caminharem, fazia com que minha vista mais uma vez, movida por minha loucura. A imaginar que cada uma das pequeninas formiguinhas, estavam andando tão sufocadas quanto eu, numa enorme cidade. Então o piso do meu quarto nada mais era do quer uma enorme cidade de Salvador, para elas. E no fundo a minha alma ou melhor no fundo da minha própria loucura, havia uma vontade tão grande de gritar para cada uma delas, para elas darem o fora do meu quarto. E irem viverem na natureza e não ali no meu quarto, junto comigo.
E o mesmo gritava a minha alma ou a minha própria loucura, para cada pequena criatura, a visitar a imensidão do meu quarto. Para irem para fora a onde estaria uma real e verdadeira imensidão para cada uma delas.
E a garganta seca me sufocava enquanto escrevia essa pequena e louca crônica. Me obrigando a vencer a minha própria preguiça. Mas me recusava a lutar contra ela e seguia apenas a suas ordens, sem quebrar o pescoço dela. Era só a preguiça e não o, Diabo, ou seja, seria apenas um ato de covardia, agredir a minha própria preguiça. Então fui esquentar um pouco de café, nada como uma boa dose cafeína, para mim deixar ainda mais louco e pirado como sempre fui.
E voltava com um copo de café, dessa vez com leite e um resto de, Coca Cola de 2,5L, só para injetar açúcar nas minhas veias. Pôs detesto açúcar e as vezes preciso de qualquer coisa doce. Mas mesmo a sim ainda podia machucar bastante alguém. Então era como uma seringa gigante de adrenalina nas minhas veias. Então imagino que os lábios de minha amada musa, Carolina, me matariam de overdose ou de tesão puro, movido de puro amor.
E olhava para o lado onde se encontrava as velhas caixas de papelão com as velhas tranqueiras que ainda me restavam, como revistas e jogos, que ainda estava para vender. Mas nada de uma alma abençoada disposta, me apareceu para me livrar de todo esse resto de velharia, que não caíram na minha lista negra de desapego.
Então vejo o meu violão no qual aprendi a tocar quarto a cinco acordes e lembro da missão de chegar ao nível do mestre, Cartola.