A BELEZA

Como definir o que seja beleza? Num primeiro instante entendemos que seja tudo o que agrade aos sentidos da visão e da audição. No entanto sabemos que é um conceito que varia de acordo com a cultura e a época. Algo pode ser considerado belo num país e no outro não produzir encantamento. Os padrões de beleza se alteram, também ao longo do tempo, acompanhando os modismos.

Existem as belezas físicas, aquelas que estão relacionadas com a estética corporal das pessoas. Como também existe o que chamamos de “beleza interior”, quando se refere ao caráter e personalidade de alguém. Mas temos as belezas que fascinam na natureza, nos animais, no céu, nas plantas. E ainda a beleza de espetáculos, eventos que causam esplendor, prazeres. É o caso de uma música, de uma manifestação artística, de qualquer acontecimento que tenha harmonia e leveza.

Pode acontecer de ocasionalmente o feio se tornar belo. Ou vice versa. Depende muito da percepção, do estado de espírito, da expectativa, do desejo. Tem um ditado popular que diz: “quem ama o feio, bonito lhe parece”. É quando a essência da beleza não está exclusivamente no critério do que seja bonito no sentido visual, mas na beleza existencial, no prazer da convivência, no relacionamento sem conflitos. Aí o amor vence qualquer preconceito estético. Ou em contrário, uma pessoa que deslumbra por sua beleza física, mas é fútil no comportamento, leviana, falsa, mal humorada, fazendo desaparecer a sedução da primeira observação.

Todos nós procuramos alcançar o padrão de beleza que a sociedade em que vivemos estabelece. Ninguém quer se achar feio. Mas isso é bom, desde que não se torne uma paranoia, algo obsessivo. Muito ruim ficar submetido à ditadura da beleza determinada pelo mercado de consumo. Até porque a beleza exterior só será percebida se estivermos satisfeitos com nossa própria aparência, o que nos garante elevada autoestima e estarmos emocionalmente de bem com a vida.

• Integra a série de crônicas do livro “SENTIMENTOS, EMOÇÕES E ATITUDES”.

Rui Leitão
Enviado por Rui Leitão em 12/12/2017
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