Brisa

É estranho buscar nas páginas da vida as respostas das perguntas que o vento joga. Questionamos, pelo simples fato de queremos entender o que se passa na cabeça das pessoas que nos cercam e porque determinadas atitudes são tomadas mediante às situações. Quando não entendemos ou não conseguimos enxergar o suficiente, nossa mente se frustra, nosso olhar perde o foco e nosso coração se decepciona, com quem você pensou sempre estar do seu lado. E aí você se enche de perguntas: o quê? Quando? Por que? Como? E fica remoendo situações buscando o momento em que as coisas não deram certo, de fato.

Mas o fato é, pra dar certo, ambas as partes precisam estar dispostas. Ambas as partes precisam querer o mesmo objetivo, mesmo que utilizem táticas diferentes. Sabe aquele dia em que você tentou conversar, mas a pessoa não te ouviu? Ou aquele outro dia que o abraço já não foi tão caloroso? É preciso colocar na balança o que vale a pena e quem vale a pena.

Gosto muito daquele texto que diz que por mais que se goste de um sapato, quando ele já não serve mais é preciso dar espaço pra que outro tome seu lugar. É necessário rever conceitos antes de entregar coisas tão importantes quanto confiança e disponibilidade às pessoas que não merecem, ao menos, um minuto da sua atenção. Seja bom e faça o bem. O resto vem aos poucos e é necessário estar aberto para receber o que vem e estar mais aberto ainda para aceitar aquilo que vai. Seja um amigo, um namorado ou simplesmente o sapato lindo que não serve mais. Saiba dar espaço. Saiba deixar o egoísmo de lado (sim, egoísmo!) e deixe a porta da sua vida escancarada. Quem quer mesmo ficar, não se dará ao trabalho de sair do sofá. Quem quiser ir, te poupará de despedidas e cordialidades.

No mais, seja grato. Nada acontece por acaso. Esteja pronto. Pra onde quer que o vento te leve.