Uma planta no vaso,
Entrei na grande alcova da casa da minha prima Isabel, e de cara notei dois grandes vasos próximos à sacada, então o seu marido me olhou e disse: " Sabes como se llama eso? " , e afirmei com a cabeça..."marijuana" . Riu-se com malícia de menino levado, mas não entramos em detalhe, e a minha esposa também nada disse, embora notasse um certo desconforto.
Na Espanha não é proibido , desde que seja em lugares reservados especializados, e com o devido controle das autoridades, pequenas quantidades de usuário, e ninguém deve ter um pé de marijuana em casa.
Isabel, me disse; " Ese está majareta !" ( doido), e ri do seu jeito de quem já havia largado por conta. O seu marido , um marujo sem nenhuma instrução, boca suja ao extremo, sem compromisso com absolutamente nada, e seu único gostar , felizmente ainda eram a esposa e os filhos, mas à sua maneira. Era incorrigível !
Um sujeito pra lá de legal, me diverti horrores com ele , terror dos outros parentes , pois deseducava a todos os mais jovens, mas de uma alegria e um coração que não cabiam no peito. Só não seguia regras, nenhuma e de nenhum jeito. Não sabia o que era um banco, uma conta, o vencimento de alguma carteira, até porque não as tirava, não fazia contas de coisa nenhuma, e nem se lembrava das datas. Os cães e os gatos o amavam, sabiam da sua lingua, e ele conversava com todos eles como se bicho fosse, nunca vi alguém assim.
Havia tido um AVC alguns anos atrás, mas isso não o impedia de andar na sua velha lambreta, com Deus de co piloto, mas toda a cidade o conhecia, até os guardas faziam vistas grossas e se riam com ele.
Um dia me perguntou se eu gostava do canto flamenco, e claro que gosto, está nas minhas raízes desde o ventre materno, então me deu um monte de CD dele, para quando voltasse ao Brasil ouvisse em sua homenagem.
Faleceu há dois ou três anos, mas a minha prima foi muito feliz com esse "maluco beleza", a levava no barco para todas as partes, e assim ela conheceu outros países da costa mediterrânea, mesmo não falando outro idioma além do espanhol.
Nunca fumei maconha, e nem senti vontade, mas não me cabe julgar a ninguém, ainda mais quando tem um coração.
Entrei na grande alcova da casa da minha prima Isabel, e de cara notei dois grandes vasos próximos à sacada, então o seu marido me olhou e disse: " Sabes como se llama eso? " , e afirmei com a cabeça..."marijuana" . Riu-se com malícia de menino levado, mas não entramos em detalhe, e a minha esposa também nada disse, embora notasse um certo desconforto.
Na Espanha não é proibido , desde que seja em lugares reservados especializados, e com o devido controle das autoridades, pequenas quantidades de usuário, e ninguém deve ter um pé de marijuana em casa.
Isabel, me disse; " Ese está majareta !" ( doido), e ri do seu jeito de quem já havia largado por conta. O seu marido , um marujo sem nenhuma instrução, boca suja ao extremo, sem compromisso com absolutamente nada, e seu único gostar , felizmente ainda eram a esposa e os filhos, mas à sua maneira. Era incorrigível !
Um sujeito pra lá de legal, me diverti horrores com ele , terror dos outros parentes , pois deseducava a todos os mais jovens, mas de uma alegria e um coração que não cabiam no peito. Só não seguia regras, nenhuma e de nenhum jeito. Não sabia o que era um banco, uma conta, o vencimento de alguma carteira, até porque não as tirava, não fazia contas de coisa nenhuma, e nem se lembrava das datas. Os cães e os gatos o amavam, sabiam da sua lingua, e ele conversava com todos eles como se bicho fosse, nunca vi alguém assim.
Havia tido um AVC alguns anos atrás, mas isso não o impedia de andar na sua velha lambreta, com Deus de co piloto, mas toda a cidade o conhecia, até os guardas faziam vistas grossas e se riam com ele.
Um dia me perguntou se eu gostava do canto flamenco, e claro que gosto, está nas minhas raízes desde o ventre materno, então me deu um monte de CD dele, para quando voltasse ao Brasil ouvisse em sua homenagem.
Faleceu há dois ou três anos, mas a minha prima foi muito feliz com esse "maluco beleza", a levava no barco para todas as partes, e assim ela conheceu outros países da costa mediterrânea, mesmo não falando outro idioma além do espanhol.
Nunca fumei maconha, e nem senti vontade, mas não me cabe julgar a ninguém, ainda mais quando tem um coração.