IMACULADA CONCEIÇÃO. A MATERNIDADE.
Maria está no ponto central do evangelho desde a época do advento. Por quê? Por ser mãe, a máxima condição dos seres vivos na natureza celebrando beleza e magia, a vida.
Evangelho, concentração de reportagem histórica, real, das grandes passagens da transcendência humana da qual pouco se sabe.
O Anjo Gabriel trouxe a boa nova resultante no maior tesouro do mundo, dar a vida.
Maria daria a vida ao Santo de Nazaré, único por sua repercussão na humanidade.
SALVE, Virgo sapiens,domus Deo dicata, columna septemplici mensaque exornata.
Quem somos senão um pedaço de nossa maternidade que nos concede esse dom inigualável, a vida, nossa vida, a vida de nossa mãe. Se for necessário para preservar nossa vida a mãe entrega a sua. É o amor incondicional que só a maternidade conhece.
Maria, “Imaculata Conceptus”, concebida imaculadamente. O que pouco interessa é sua maternidade, sem máculas, tão discutida, a não ser aos dogmas da Igreja interessa mais, contudo, é o sinal que diferencia e acrescenta. Toda maternidade é imaculada por proporcionar esse tesouro singular, a vida.
Pudesse, Maria estaria no lugar de seu Filho, em seu martírio, mas em silêncio e resignação verteu a lágrima muda que inunda os tempos.
Dia 8 foi dia da Imaculada Conceição. Imaculada em suas aparições onde traz a mensagem ratificada da paz pela qual seu Filho morreu.
O mestre dos mestres da filosofia medieval, São Tomás de Aquino, diz que a transcendência nos chega pelos sentidos, mesmo pelos fatos inexplicáveis.
Bernadete de Soubibours na Gruta de Massabielle conheceu uma reverencial Senhora. Uma aparição que desaparecia e voltava a aparecer. Movimentou acreditados, seria Nossa Senhora, a mãe de Jesus.
Bernadette, sem nenhum estudo, enfrentou doutoralmente forte perseguição que lhe moveram autoridades locais, inclusive o representante da igreja, que diante das evidências acabou cedendo e protegeu-a.
Disse o pároco local a Bernadette, altamente impressionado com sua firmeza: “pergunte a aparição que você diz ver qual é seu nome.” E Bernadette voltou com a resposta, EU SOU A IMACULADA CONCEIÇÃO, disse a Virgem.
O pároco local surpreendeu-se, Bernadette, em sua insciência, não saberia o que fosse IMACULADA CONCEIÇÃO. Não fora um invento.
Essa maternidade na festa da anunciação só nos interessa por sua resignação quando da perda de seu Filho e proteção que nos destina, a quem a Ela roga e é atendido.
As discussões sobre sua concepção sem máculas nenhuma dívida coloca ao maior e sagrado amor existente sobre a Terra, o amor materno.