ORIGINALIDADE ECOLÓGICA

O brasileiro, como sabemos, é bastante criativo em tudo aquilo que faz, pois tem veia poética e antenada com tudo o que ocorre à sua volta.

Saí, dia desses, com o cãozinho “BÓRIS”, um “Boston Terrier” do meu neto Tomás, para o nosso passeio vespertino nos quarteirões vizinhos ao prédio onde moram, o neto e seu cachorro.

O cachorrinho parava em todo poste que via pelo trajeto, cheirando, fuçando e marcando território com sua mijada característica. Em determinado tempo, ele começava a rodopiar em torno do poste e, de repente, fazia seu cocô no local.

Eu, já preparado e de sacolinha em punho, catava suas fezes e prosseguia na nossa caminhada, até que o “Boris” esvaziasse totalmente a sua bexiga. Defronte a certos prédios havia pequenas placas de madeira dizendo:- “Favor catar o cocô do seu cachorrinho” .

Nada mais justo, mas tem gente que se faz de Miguel, olha para um lado, para o outro e, não vendo ninguém, puxa o animal e deixa suas fezes expostas às môscas. Sacanagem, é o mínimo que se pode dizer dessa atitude.

Defronte a um determinado prédio, o síndico teve uma idéia singular:- criou o “PET-BOSTA” ! Sim, senhores, ele encheu um vasilhame de dois litros com sacolinhas plásticas, pendurou-o num dos galhos da pequena árvore na calçada do edifício com um cartaz que dizia:- “- FAVOR USAR O NOSSO PET-BOSTA E LEVE O COCÕ DO SEU CACHORRINHO. AGRADECEMOS A SUA GENTILEZA”.

Para um país que anda tão avacalhado como o nosso, ainda existem pessoas de bom senso. Antes isso, não é mesmo?!...

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B.Hte., 10/12/17