SEM PONTO DEFINIDO
Essa noite eu quis escrever, mas as palavras pareciam banais demais para serem minhas. Então vim aqui ler umas amigas e as palavras gostaram e começaram a me cutucar, como se desejassem me devolver o sentido. Ri... e percebi que poderia me debruçar sobre o teclado como as moças de antigamente se debruçavam sobre a janela à espera do vento. Ri aquele riso sem graça por ter perdido mais que ganhado nos últimos dias, mas sabia que as palavras não me fugiriam daquelas linhas em diante.
O que posso fazer com elas? Tudo? Nada? Um convite ao vazio ou ao ainda não explorado?
Quem dera soubesse o menino do filme, “A coisa”, (It) onde iria parar seu barquinho, jamais o teria perseguido. Assim estou eu em relação as palavras.
Vou deixar elas me levarem vida afora com sentimento adentro. Meu destino será sempre um ponto de partida, sem hora de chegada, ou hora de chegada sem ponto de partida. Afinal, nunca sabemos ao certo em que ponto estamos.