Madrugada
La fora tudo é silêncio. Os galos cantam. A cidade ainda dorme.
Há uma barra azul-escura entre o céu e a terra, dos lados onde as luzes da cidade não conseguiram ainda chegar.
É nesta hora que me encontro, entre o cantar dos galos e o ressonar da cidade.
A vida se ergue sobre as barreiras do sofrimento alheio. As conversas se calam e o som da madrugada ecoa até onde se encontram céu e terra.
O medo deu lugar à esperança e o farfalhar das folhas substitui os gemidos de dor.
A madrugada serena se deita preguiçosamente sobre o dia.