A FÉ DE SANTO ANSELMO.

Bispo emérito, Doutor da Igreja.

Lapidar essa singeleza dourada legada à posteridade: “Não quero compreender para crer, mas crer para compreender, pois bem sei que sem a fé eu não compreenderia nada de nada.”

Um italiano do Piemonte, região famosa por vários dons, o seu, contudo, foi o de servir ao chamamento de Cristo.

Seu pai, Conde do início dos anos 1000, não tinha compatibilidade com o filho e por isso cedo Anselmo saiu de casa.

Foi ao mundo em busca de conhecimento, viveu os prazeres mundanos. Era um cristão sem envolvimento, mas caiu nos braços dos beneditinos, para sorte de ambos, através do mestre e amigo Lefranc.

Através desse personagem converte-se e coloca Cristo como centro de sua vida.

Seu mestre e amigo foi bispo de Cantuária e após seu falecimento Anselmo ocupou o lugar do mestre.

Mas o que em Agostinho era ideia, se torna escola com Anselmo. Os elementos da fé se tornam racionais, lógicos.

A racionalidade não aclara o enigma e muito menos mistérios da crença, apenas e muito estrutura logicamente o patrimônio da fé.

Anselmo é filósofo? Saber para crer não é o caminho, mas crer para saber, sustenta. Essa a força da fé.

Um tanto tomista, uma visão que chegará após.

Anselmo supera horizontes que em seu proslogium, Kant nomina de reverencial.

Vemos aqui, em frase que ficou para a história da fé, que ela se faz e se veste exclusivamente de vontade ou de obras como do próprio Santo Anselmo e de Madre Tereza, esta despreocupada de grandes interrogações, ambos no leito da caminhada para melhor.