Eu particularmente gosto de inalar a fragrância natalina, e foi numa noite dessas, das quais precisamos descontrair que fui veranear pelas alamedas arborizadas da Praça das Mangueiras, de róseas e glaucas mangas, da mais bela e iluminada cidade do interior baiano. Ali pude sentir este maravilhoso aroma, observar a sua decoração esplendida de luz, som e cor.

Em sua adjacência, as casas com suas arvores natalina todas em fulgor neon e multicor, num cantinho “especial” da varanda o encanto dos presépios a nos transporta ao existencial natal interiorano, de argila e cerâmica no mais primordial clima cristalino, na data magna da cristandade.

A encenação do nascimento do menino Jesus, a estrela cadente caindo do céu, a visita dos Reis magos, tudo isso fascina aos olhos, encanta ao coração. As quermesses com suas pastorinhas do cordão encarnado, ou azul cantarolando “somos pastoras, pastorinhas belas e viemos lá de Belém...”
As deliciosas maçãs do amor, o jingle bells seguido do grito do leiloeiro; “quem dá mais quem da mais”, tudo isso nos arremata a puerilidade da infância de meia pendurada na janela, da cartinha escrita com nanquins de sonhos destinada ao Papai Noel.

É no natal que o sorriso fica mais largo nos lábios amorosos, e o amor germina com maior intensidade no coração prestes a presentear. Crianças saltitantes sobre flocos de algodão, simbolizando o cair da neve, e com ela o dobrar dos sinos, nas oníricas baladas dos anjos.
Assim como diz as notas de uma antiga canção; “então é natal, a data cristã... Que seja feliz quem souber o que é o bem...
 
 
Marcos Antônio Lima.
 
 
 
 
Marcos Antônio Lima
Enviado por Marcos Antônio Lima em 05/12/2017
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