Três Maus Exemplos E A Hora Do Povo Escolher

Três políticos estão presos e comandaram nos últimos 20 anos, o governo do Estado do Rio de Janeiro. Exceto o atual governador Luiz Antônio Pezão os demais, Anthony Garotinho, Rosinha Garotinho e Sérgio Cabral estão encarcerados.

O absurdo constatado não reside somente no fato das prisões, observando que é inadimissivel os três ex-governadores reunirem seus intelectos no objetivo desmoralizante da espoliação dos cofres públicos em esquemas desprezíveis e aviltantes, mas sim na qualidade dos políticos eleitos para cargos importantes na esfera estadual, capazes das maiores prevaricações evidenciando solapar a sociedade e ao mesmo tempo enriquecer às custas de conspiratas ardilosas desmascaradas pelas operações deflagradas pela Polícia Federal, tais como a Lava Jato. O Estado do Rio de Janeiro foi contaminado ao longo dos anos e mandatos sucessivos, por uma série interminável de ações maléficas ocasionando retumbantes debacles na saúde financeira do Estado, aproximando lépidos sacripantas que surrupiaram enormes quantidades de dinheiro, um valhacouto de aproveitadores tentados pelas facilidades oferecidas a todos os inimigos do povo.

Segregar é muito mais fácil do que congregar e buscar alternativas no campo político a fim de evitar novamente a ilusão de escolher representantes amorais como "salvadores da pátria" em nada auxilia a responsabilidade do eleitor na escolha dos representantes seja no parlamento, nos governos estaduais e a presidência da república. Ou saibamos pesquisar, apurar e separar peremptoriamente os capacitados dos espertalhões ou pereceremos nas promessas ufanistas, vazias e cínicas dos "profissionais da enrolação", ladrões e safados do erário público.

O despautério instalado no Rio de Janeiro fundamenta o retrato pronto e acabado da irresponsabilidade ao qual condenou milhares de pessoas que necessitavam de cuidados médicos, recursos financeiros e outros elementos aos mais pobres e também aos funcionários públicos que até hoje recebem parceladamente migalhas de seus rendimentos.

A sociedade anseia desesperadamente o combate às práticas condenáveis da corrupção levando como consequência a um esfriamento da conscientização política, achando mesmices em todos os políticos, desonestidade e assim qualquer um serveria, demonstrando a incapacidade da população em ponderar as propostas optando pela melhor solução.

As manifestações ocorridas em 2014 atestam a insatisfação da população e sua mobilização deve ser encarada como instrumento de pressão, neste momento existe a descrença com a classe política impedindo a eclosão de novas manifestações de massa, porém acreditamos que tais posturas contribuem para a melhoria do cenário. Movimentos de impeachment primeiramente de Fernando Collor de Melo e posteriormente de Dilma Rousseff abriram margem ao combate de ilicitudes, no entanto, sentimos falta de um nome de consenso no mar de idiotices. A moralidade tendeu para o piegas e por consequência evoluiu gradativamente ao declínio devido aos últimos acontecimentos.

Novamente vamos ter o poder do voto em 2018, nomes pululam de um lado a outro, o cenário ainda é incerto e repleto de perspectivas, os políticos têm conhecimento dessas possibilidades e não medirão esforços de convencimento para obter seu voto, cabe ao eleitor sua arma imprescindível: pesquisar e ponderar. Por mais necessária a liberdade democrática, os picaretas nadam de braçadas no lamaçal das incertezas.

Nota do autor: Na época em que a crônica foi concebida, a ex-governadora Rosinha Garotinho seguia presa. No entanto, a mesma saiu da cadeia em Benfica e será monitorada por tornozeleira eletrônica. A decisão foi acolhida pelo TRE-RJ, substituindo a prisão por medidas restritivas, tais como: recolhimento domiciliar noturno, proibição da saída da capital fluminense e mais a utilização da tornozeleira eletrônica. A saída ocorreu no dia 30 de Novembro. Atualmente o casal Garotinho foram presos novamente em decorrência do cumprimento da cassação do habeas corpus concedido aos dois. Fato ocorrido dia 30/10/19.

Luis Profeta
Enviado por Luis Profeta em 05/12/2017
Reeditado em 28/09/2020
Código do texto: T6191010
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