O ANTES E O DEPOIS NESSES NOSSOS TEMPOS

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Terça-feira, 5 de Dezembro de 2017

Nesses tempos atuais e ditos modernos, anda tudo tão diferente do que era num passado nem tão distante, que as pessoas de mais idade não conseguem absorver tais mudanças de modo assim tão natural quanto as pessoas mais novas, jovens. A começar pela própria velocidade desse nosso cotidiano.

Óbvio é que só aqueles que já estão com mais idade, na terceira idade, por exemplo, tem uma visão melhor dessa diferença, porque os mais jovens não a tem, com certeza, por isso não sentem tanto a pressão desse processo.

Um fato que não nos passa despercebido são as contas a pagar todo mês, que a cada dia que passa, aumentam. Em quantidade e valores. Porque são tantas as situações em que nos metemos que não há outro jeito nem modo de escapar. Basicamente num grande centro, paga-se até para cuspir.

E nem se precisa enumerar tais contas, porque elas estão aí mesmo para serem pagas, sem consolo. Isso é por causa do dito conforto ou das facilidades que dizemos possuir. Só que para que consigamos quitar todas elas, só há um recurso: aumentar a jornada de trabalho, que pode ser a de possuir mais de um emprego ou atividade profissional.

Há tempos atrás, nem tão distantes, quando chegava as nove horas da noite, era comum ver-se as ruas praticamente vazias. De gente e de carros. Mas hoje, com as mudanças que o mundo sofreu, é muito comum, por exemplo, deparar-se com engarrafamentos em algumas regiões da cidade, em horário perto da famosa meia noite.

Com isso, a vida das pessoas transformou-se de forma geral. E em alguns casos, de forma abrupta e até violenta, porque além das conquistas que se quer, em possuir tudo o que está ao dispor das pessoas, também atinge àqueles que não possuem as condições de tê-las, também, daí partirem para o caminho da marginalidade. E, neste caso, de duas formas: a primeira é trabalhar em atividades ilegais; a segunda é atuar de forma ativa no crime.

Eis o que são a nossa vida e o mundo de hoje. E tal processo, por ser invisível e lento, incorpora-se à vida de todos, sem a devida percepção das mudanças que aconteceram nesse nosso cotidiano. E, pior, nos acostumamos com tudo isso, a ponto de acharmos tudo de bom e de bem. Durma-se com um barulho desse.

Aloisio Rocha de Almeida
Enviado por Aloisio Rocha de Almeida em 05/12/2017
Código do texto: T6190495
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