O MURO
Havia uma certa segurança ao redor, eu brincava no meu gigantesco e protegido mundo infantil!
Digo isto porque, do lado de cá parecia ser grande demais, e minhas preocupações eram tolas,ou não tinham importância alguma, comparadas com o agora!
As brincadeiras tomavam todo meu tempo!
O mais interessante na vida é tudo que lhe constrói, preencher e ocupar espaços vazios, à importância nas pequenas coisas, é uma questão de valorização, e o que é indispensável, independente de qualquer coisa!
Quando pequenos temos este tipo de visão!
Crianças são vasos preenchidos de felicidades, que vão derramando aos poucos,sem querer, perdendo muito pelo caminho,pelos tropeços que dão com o tempo!
Acelerados seres,sempre correndo!
Um dia, me foi dada a oportunidade de olhar além,no depois!
Fascinante curiosidade infantil!
Lembro bem do momento em que larguei tudo; as brincadeiras,meus amigos e fui em outra direção,tinha mudado de ótica .
O que eu achava que me protegia, já não parecia exercer a mesma função!
Estava encurtando, como se a cada dia que passava, adentrasse ao chão,dava esta nítida impressão!
E o que parecia alto, agora se tornara curto demais!
E o que era grande, já não cabia nada!
Eu crescera e não tinha me dado conta!
Então subi!
E descobri que a inocência é o muro que separa a ingenuidade da maturidade, triste e quando vem o tempo e nos faz subir curiosos para ver o outro lado!
Depois que pulamos, não voltamos mais ,e desde então,não somos mais os mesmos!
(Do meu livro: Escultor de Frases)
( Uma Pergunta para o Mundo)
( Autor: George Loez)