Dia chuvoso

Observo a queda das gotículas que descem lentamente pelas janelas do meu escritório e questiono: será por que muitas pessoas têm medo da chuva? Quando olharmos, de forma mais direta para o nosso íntimo, talvez este receio reflita, num fenômeno da natureza, também o medo de nos envolvermos de forma mais profunda com o ambiente em que vivemos e, no mesmo caminho, com as pessoas que nos cercam.

Mantendo o foco nos pensamentos sobre os modos de agir e de se portar diante dos desafios não é fácil. É mais conveniente se esconder debaixo do teto e paredes para refugiarmos, do que caminhar pela chuva, tendo um olhar com uma ponta de orgulho, antes para a beleza selvagem dos raios, e ouvir os estalos dos trovões.

A chuva, meus amigos, rega as plantas, alimenta os rios, oxigena a vida, e permite que o mundo, todos os dias, se transforme! É, como todos os elementos da natureza, é essencial para a reprodução das espécies, e sem ela jamais existiríamos.

É evidente que a natureza reage quando maltratada e nos assola com enchentes e com momentos de chuva intermináveis.

Alguns poetas e músicos tratam a chuva como elemento causador de depressão. Não creio! Veja nela um ponto de partida, um desafio para compreendermos a dimensão do mundo, e navegarmos, como desbravadores, sobre elementos desconhecidos do universo.

Que venha as chuvas, mas que não venha acompanhada de elementos danificador da natureza, que seja, com suas gotas claras que aceitam conviver com o vento e a força da gravidade! Que estas nos ensinem o desafio de mantermos nossa postura constante mesmo que não sejamos compreendidos. Que aceitemos caminhar molhados por nossa jornada, como uma metáfora do envolvimento com os problemas do mundo. Chove, chuva molha meu “terreno” carente de suas melodias de paz interior.

Jova
Enviado por Jova em 30/11/2017
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