Sobre as relações humanas
A maior prova de insegurança é privar-se da liberdade por conta própria, por medo, ou da rejeição, da perda ou da solidão.
É esperar que a ausência de liberdade, e o condicionamento aos cabrestos dos laços, traga algum tipo de conforto emocional, que garanta a sensação de pertencimento.
Estar no mundo vai além da efetivação da pressa em sentir-se alguém através dos olhos dos outros.
Ausentar-se da própria liberdade é condicionar a existência, à zona de conforto.
Há de pertencer a si, única e exclusivamente. Habitar-se.
E também ao universo, sem as arbitrariedades que constituem a posse de outrem e nem a marcação de territórios tal como propriedade.
Só cresce quem balança os pilares íntimos. E quem aceita os terremotos e a consequências de mudar o terreno.
Só cria reais conexões​ quando não se busca massagear carência. E nem terceirizar as responsabilidades que surgem somente à luz do auto conhecimento.
Um estado de espírito sólido é a efetivação de que nenhuma verdade é absoluta, mas também é atentar-se a possibilidade de que a complacência por vezes ignora o proposito real de revirar-se :
Conhecer a si, tal como diz o Oráculo de Delfos, e assim estabelecer seus próprios limites. Sem imposições externas.
Quem se constitui sobre as amarras da carência de emoção, não aprende a lidar com a mesma, torna-se dependente dela.
Se perpetua em relações frágeis, inconsistentes cujo objetivo é a troca de interesses afetivos por uma falsa necessidade do ego, ignorando a soma das infinitas possibilidades de compartilhar experiências reais e sólidas.
O ser humano não aprendeu a tomar as rédeas da própria vida e pior o único piloto conhecido, ainda é o ego.