Ansiedade ingrata.
Todos os dias são iguais, a mesma falta de bom senso, a mesma falta de educação, pessoas dirigindo em alta velocidade, não se preocupando com o próximo, jogando seu lixo pela janela.
Amarguramos a ansiedade do amanha, lemos muito sobre a palavra de Cristo, mas só lemos, se torna apenas informação, em muitos momentos, se tornam colocações em para brisa de carro, ou ate mesmo em para-choque de caminhão.
Somos ingratos pelo dom da vida, vivemos nos lamentando pelo que não aconteceu, nos lamentamos pelo que não temos, porém esquecemos de agradecer por tudo aquilo que pudemos alcançar, com nosso esforço, com nossa vitória, com nosso suor.
Somos exaustivos nas desculpas, e vivemos um mundo onde o sentimento se tornou leviano, se tornou banal, gestos de carinho, palavras de amor , servem apenas como muleta para o desespero do cotidiano.
Nos contentamos com migalhas jogadas no chão, seguimos um padrão que descaracteriza totalmente nossa confiança, depositamos esperança num Cristo, que quando temos atitudes pobres, esquecemos disso, precisamos fazer nossas escolhas, sem que seja necessário nos espelhar no que o outro faria.
Eu erro muito, sou estupido, grosseiro, cometi, e cometo erros sempre, todos os dias.
Talvez me falte caráter, talvez eu me engane com um amadurecimento que não tenha ocorrido, são muitos porquês, são muitas acusações, numa vasta folha de ponto assinada no fim de uma vida.
Vivemos de palavras, esquecemos de ter atitudes condizentes com aquilo que pensamos ou acreditamos, talvez por isso os dias sejam sempre iguais.
Vivemos uma vida inteira, perguntando qual o motivo de estarmos aqui, já parou para pensar, que de repente o motivo seja estar aqui, fazer o bem, deixar um legado, ou até mesmo ser você mesmo?, porque temos sempre que achar que depois do arco íris tenha um pote de ouro, ou que depois da morte vamos ter uma salvação?, talvez, a vida seja um pouco mais simples, e que os detalhes de fato sejam o que te diferencie da multidão, ou que sejamos apenas mais um no meio da multidão.
Precisamos de uma direção, e tudo hoje não é dominado pelo evangelho, e sim pela religião, pela opinião, ou tão somente pelo que o outro vai dizer, ou o que vai achar, fazemos acepção o tempo todo, com cor da pele, roupas utilizadas, lugares que se mora, e temos infinita dificuldade de entender, que talvez tenha que ter sido daquele jeito, daquela forma, e ao invés de nos frustrar por isso, devíamos agradecer.
Temos que sorrir para quem não queremos, temos que evitar nossa opinião pelo julgamento, de temos uma necessidade imensa, de ser quem não somos.
Não é o que nos falta, é aquilo que ansiamos em demasia ter.