Dormir com Miss...
...na cabeça, não é coisa assim tão rara que não aconteça. E mesmo que seja desaconselhável para aqueles de minha faixa otária, foi o que me sucedeu de ontem para hoje.
Se bem que uma insidiosa mosquitinha não perdeu a chance de uma irritante chupadinha, de resto a noite foi tranquila, somente saudosa daquela agitação juvenil que se resigna a não-celebrar meio século de existência.
Mas o aperitivo que pude sorver na transmissão do Miss Universe 2017 dava bem uma noção do que estaria por vir: 92 duas lindezas de matar lutando por uma coroa, trono e cetro de a mais bela jovem do Universo.
E justamente em Las Vegas, que certamente não esqueceu ou se esquecerá jamais daquela noite de terror de uns poucos meses atrás, mas buscando reafirmar que viver é bom, the show must go on.
As feministas, que estão sempre cobertas de razão, enquanto as outras se despem, que protestem contra o que consideram a objetificação da mulher. Aos homens boquiabertos e braguilhabertos, e às candidatas sequiosas do momento de glória de efêmera eternidade que curtam - para compensar os que surtam...
Nossa representante, a piauiense Monalisa, em ebânico esplendor de jovialidade, caráter e beleza chegou a ficar entre as 10 semifinalistas, mas a coroa foi para uma sul-africana, também de extraordinária lindeza
e medidas da mais fina justeza que, a meu ver, terá se beneficiado de uma quota étnica - ao revés, para brancos - para fulgurar pelo país de
Mandela.
Para sacramentar a tradição Colômbia e Venezuela lograram ficar entre as cinco finalistas, mostrand que, apesar da jaça do pó e do chavismo, a beleza, onde ela passar, à passarela terá sempre um lugar.