Deus e o vidro
Somos de carne e osso, mas os dois, sozinhos, não são nada. Algum átomo, energia ou força transforma a carne e o osso em algo vivo. E mais do que vivo, transforma em algo consciente. Alma deve ser um comandante dentro de nós que está diante de uma central de controle apertando botõezinhos a todo instante. Me perdoem os cientistas, mas nada explica a vida além de algo mágico e transcendente. Fala-se que a vida é inteligência: ok, é. Mas deixe areia e outros componentes químicos parados por bilhões de anos; irá virar vidro? Não, o vidro precisou de uma inteligência para ser criado. Estamos aqui, usando materiais que já existem e criando, recriando. O que nos criou? Nada? Algo pode ser criado por nada? O Deus da moda antiga, o ser barbudo separado, já foi desmistificado pela ciência; o Deus inteligente, a mente universal inteligente e expansiva, a qual contém tudo, está sendo posto no lugar, ainda que a ciência não tenha percebido isso. Faz mais sentido assim. Que as religiões evoluam também e capacitem, não prendam ou limitem a inteligência da humanidade. Porque Deus não está no céu, está em cada parte de nosso corpo, nos cães e gatos, nos materiais dos móveis e eletrônicos, na água e na terra, naqueles montes de bolinhas que flutuam no universo... Do conhecimento milenar, filtremos: a máxima da imagem e semelhança é nossa inteligência, nossa capacidade de criar. Somos simideuses dentro da mente de Deus, cocriando a todo instante.