O eterno retorno
Olhando para a minha gata de estimação, cujas patas dianteiras estavam sobre os meus joelhos, me ocorreu o pensamento óbvio; ‘um dia ela deixará de existir, como infelizmente acontecerá com todo e qualquer ser existente’.
‘Se eu pudesse captar esse momento, esse instante e guarda-lo para sempre, onde só eu pudesse obter acesso e quando ela morresse (por que ela tem que morrer?), eu a traria de volta à vida quantas vezes fosse necessário, ela voltaria praquele exato instante, com as patas nos meus joelhos me pedindo comida, teríamos nossos animais de estimação sempre conosco. Seria um eterno retorno.
Todavia, um dia eu também teria que partir, consequentemente, um dia ela também deixaria de existir, só que agora para sempre.
Claro que poderíamos estender essa analogia também para as pessoas que amamos e gostaríamos também de guarda-las e ter o poder de trazê-las de volta à vida.
No entanto, teríamos também que ter uma outra pessoa que também se apiedasse de nós e também nos trouxesse à vida (porque também nos teriam guardado num instante de tempo que fosse), ainda assim, seríamos eternamente dependentes dessas referidas pessoas.
Ao não ser que esses entes queridos também tivessem outras pessoas que também as amassem verdadeiramente e quando estas chegassem ao fim inevitável...essas outras pessoas que as tinham tão diletas.... Enfim. Por fim.
“Das impossibilidades da vida”.