Em cena .
Abriram-se as cortinas e a platéia estava em silêncio à minha frente, as luzes da ribalta se acenderam e pude distinguir rostos conhecidos, os mais , estavam nas primeiras fileiras, e me fitavam com atenção, assim como todos os demais.
Fitei a todos e em todas as direções, os balcões também estavam lotados, e em vestidos de gala haviam chegado para ver a minha peça, que como quase todas, teria três atos ; início, desenvolvimento e final.
O Início e o fim tem sempre uma ligação, o que exige uma harmonia entre os extremos, e o desenvolvimento é a trama que mantém a emoção da assistência, como a chama que aquece .
Sabia que a minha apresentação não seria fácil, que havia escrito uma história complexa, e não esperava vaias ou aplausos, resignado , esperava apenas compreensão e amor .
Estranhamente as velhas palavras haviam desaparecidos , as que significam cobranças; perdão, piedade, tristeza, injustiça, revolta, indignação, medo...e sabia que quando nos apresentamos, o nosso redator já excluiu o que já não serve mais.
Todos os cenários rodavam em intensidade enquanto o monólogo transcorria, e percorria o palco como uma criança atrevida, aos saltos , ou por vezes encolhido segurando as pernas, enquanto notava os olhares atentos, quase ouvindo a minha respiração .
Por vezes ria de gargalhar, ou chorava convulsivamente ,e entre hiatos e olhares profundos, retomava a fala, pausada ou em longos períodos compostos, enquanto os braços se abriam querendo abraçar a todos de uma só vez.
Quando a cortina se fechou, por fim aliviado e em paz, saí à frente em uma inclinação de meio corpo, repetida em dois espaços, e não houveram vaias e nem aplausos imediatos, somente aos poucos um , seguido de outros e outros...havia sido compreendido, e para mim já era a consagração que não havia tido em vida !
Abriram-se as cortinas e a platéia estava em silêncio à minha frente, as luzes da ribalta se acenderam e pude distinguir rostos conhecidos, os mais , estavam nas primeiras fileiras, e me fitavam com atenção, assim como todos os demais.
Fitei a todos e em todas as direções, os balcões também estavam lotados, e em vestidos de gala haviam chegado para ver a minha peça, que como quase todas, teria três atos ; início, desenvolvimento e final.
O Início e o fim tem sempre uma ligação, o que exige uma harmonia entre os extremos, e o desenvolvimento é a trama que mantém a emoção da assistência, como a chama que aquece .
Sabia que a minha apresentação não seria fácil, que havia escrito uma história complexa, e não esperava vaias ou aplausos, resignado , esperava apenas compreensão e amor .
Estranhamente as velhas palavras haviam desaparecidos , as que significam cobranças; perdão, piedade, tristeza, injustiça, revolta, indignação, medo...e sabia que quando nos apresentamos, o nosso redator já excluiu o que já não serve mais.
Todos os cenários rodavam em intensidade enquanto o monólogo transcorria, e percorria o palco como uma criança atrevida, aos saltos , ou por vezes encolhido segurando as pernas, enquanto notava os olhares atentos, quase ouvindo a minha respiração .
Por vezes ria de gargalhar, ou chorava convulsivamente ,e entre hiatos e olhares profundos, retomava a fala, pausada ou em longos períodos compostos, enquanto os braços se abriam querendo abraçar a todos de uma só vez.
Quando a cortina se fechou, por fim aliviado e em paz, saí à frente em uma inclinação de meio corpo, repetida em dois espaços, e não houveram vaias e nem aplausos imediatos, somente aos poucos um , seguido de outros e outros...havia sido compreendido, e para mim já era a consagração que não havia tido em vida !