Custo-benefício

São muitas as escolhas que fazemos a todo o momento. Começa pelas palavras a serem ditas, após alguma nebulosa ideia ir se aclarando e se transformando em expressão. Colheremos o benefício do prazer de tê-las escolhido bem, contra o trabalho que demandou fazer-lhes a seleção. Seguimos então nesse processo de contínua avaliação dos pesos das coisas para lhes conferir oficialidade a partir de análises prévias. Muitas vezes o que não vale a pena para uns mostra-se plenamente interessante para outros, o que vem a distorcer a universalidade dos critérios tornando-os pessoais, entretanto poder-se-ia classificar grupos majoritários em que os empenhos gigantescos lhes são comuns quando se trata de certos investimentos, caracterizando até os traços de um povo, por elevar esse grau de comportamento ao patamar da cultura. Arma para americano seria como celular para brasileiro, talvez... Carros! Ah os carros! Nem lembro quem os odeie embora, nos últimos anos o custo da poluição e dos engarrafamentos esteja sobrepujando os benefícios numa percepção escandinava que nos chega de bicicleta em doses homeopáticas.  A propósito, o custo de se usar coletivos em substituição aos veículos particulares está longe de compensar na maioria das cidades brasileiras, pelas mais diversas razões. Por falar em Brasil, feijoada ou saladinha? Empregar-se ou abrir um negócio? Ficar em casa jiboiando ou ir pra esbórnia? Costelinha ou solidão? ...São tantas emoções! – diria o Roberto.